Portugal tem a terceira taxa de desemprego mais elevada da OCDE

Em Janeiro, o desemprego recuou para 6,1% nos países da organização. Em Portugal estabilizou nos 10,2%.

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Em Portugal o desemprego estabilizou ADRIANO MIRANDA

A taxa de desemprego nos países da Organização para a Coorperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recuou ligeiramente em Janeiro, para 6,1%, depois de ter estabilizado durante dois meses consecutivos. Em Portugal a taxa ficou nos 10,2%, continuando a ser a terceira mais elevada do conjunto dos países analisados.

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A taxa de desemprego nos países da Organização para a Coorperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recuou ligeiramente em Janeiro, para 6,1%, depois de ter estabilizado durante dois meses consecutivos. Em Portugal a taxa ficou nos 10,2%, continuando a ser a terceira mais elevada do conjunto dos países analisados.

A OCDE alerta que o recuo de um ponto percentual em relação a Dezembro de 2016 ainda é insuficiente para colocar o desemprego da OCDE nos níveis anteriores à crise. Em Janeiro havia 38,3 milhões de pessoas, mais 5,7 milhões do que em Abril de 2008, antes do eclodir da crise financeira.

Na zona euro, a taxa de desemprego estabilizou nos 9,6% - tendência verificada em mais de metade dos países, incluindo em Portugal — enquanto no conjunto da União Europeia a taxa caiu um ponto percentual, para 8,1%.

Em Portugal, a taxa de desemprego afectava 10,2% da população activa, valor que se manteve estável em relação a Dezembro, interrompendo a queda verificada nos meses anteriores. Portugal continua a ser o terceiro país da OCDE com a taxa de desemprego mais elevada, a seguir a Espanha (18,2%) e a Itália (11,9%). A Grécia, que costuma estar nos países da frente, não tem dados recentes, o último valor conhecido é de Novembro, quando o desemprego estabilizou nos 23%.

Fora do espaço europeu, o desemprego aumentou um ponto percentual nos Estados Unidos (para 4,8%) e recuou, também um ponto, no Canadá (6,8%), no Japão (3%) e no México (3,6%).

Os dados mais recentes do desemprego em Portugal, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, apontam precisamente para uma taxa provisória de 10,2% em Janeiro. No final de 2016, a média foi de 11,1%, abaixo da estimativa do Governo, e no último trimestre ficou nos 10,5%.