O vencedor do Festival da Canção que nunca viu a Eurovisão

Tem a descontração do jazz como exemplo de vida. Salvador é o concorrente que não conhece a Eurovisão.

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Qual é a primeira memória que Salvador Sobral tem da Eurovisão? Aquela que irá criar, uma vez que nunca seguiu com atenção o concurso internacional de música, confessa o vencedor do Festival da Canção. “O que eu conheço da Eurovisão é aquilo que vou viver”, conta Salvador Sobral ao PÚBLICO. As expectativas que leva para Kiev são, por isso, simples e afastam a pressão da competição, no concurso que Portugal nunca venceu: "vou para cantar a canção que a minha irmã compôs, o melhor que conseguir".

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Qual é a primeira memória que Salvador Sobral tem da Eurovisão? Aquela que irá criar, uma vez que nunca seguiu com atenção o concurso internacional de música, confessa o vencedor do Festival da Canção. “O que eu conheço da Eurovisão é aquilo que vou viver”, conta Salvador Sobral ao PÚBLICO. As expectativas que leva para Kiev são, por isso, simples e afastam a pressão da competição, no concurso que Portugal nunca venceu: "vou para cantar a canção que a minha irmã compôs, o melhor que conseguir".

Salvador conta que a experiência está a ser positiva e que sente afortunado por ter participado nesta edição do Festival da Canção que, nas suas palavras, "reuniu os melhores compositores do país", entre os quais a irmã, Luísa Sobral, autora da música que interpreta.

Depois de com 19 anos ter chegado com Stevie Wonder e Ray Charles às audições do Ídolos em 2009 - o concurso que o apresentou aos portugueses -, o músico não quer ser “o miúdo do Ídolos” que se tornou no homem do Festival da Canção ou da Eurovisão. Com 27 anos, o cantor cresceu e tem já um álbum de originais, lançado em 2016. Excuse Me dá nome ao trabalho do cantor que esta quarta-feira saltou para o terceiro lugar no top de vendas do iTunes, depois de uma escalada desde domingo.

As polémicas que envolvem a vitória de Amor pelos doispela sua simplicidade e lado menos festivaleiro passam-lhe ao lado. Desligado das redes sociais, Salvador vai acompanhando as reacções às suas actuações através de amigos e da agência que o representa, que agem como um filtro. “Só me falam das coisas boas, as coisas negativas não me chegam”, responde descontraído.

Amar pelos dois é cantada em português, mas para Salvador "a música transcende a própria língua".

"É algo muito mais universal do que a língua em que é cantada", e é por isso que consegue transmitir emoções, argumenta. O seu álbum, com músicas em português, inglês e espanhol é prova disso mesmo. Nele, conta com influências do trompetista e cantor norte-americano Chet Baker, Caetano Veloso, e claro, da irmã. Excuse Me conta com a co-produção musical do pianista Júlio Resende e do compositor venezuelano Leonard e tem traços de bossa nova e inspirações jazz.

Da Eurovisão espera o que pede qualquer artista: poder mostrar a sua música ao maior número possível de pessoas. E por Amar pelos dois ser para Salvador “tão especial” e fiel ao seu estilo e não uma fórmula pensada para o festival , não acredita que a Eurovisão lhe coloque a etiqueta da qual se tenta distanciar quando lhe falam do Ídolos.

Life&Style fez um perfil do músico português, que pode ler aqui.