Cartas ao director

Marcelo Rebelo de Sousa muito bem na Presidência da República

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Marcelo Rebelo de Sousa muito bem na Presidência da República

Por vezes temos que tentar olhar para as pessoas e para os factos com vontade de querer - com alguma objectividade - “ver” e não só pela subjetividade do que nos convém pretender “ver”. E, se nos quisermos debruçar um pouco sobre o actual Presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, e “isto”está a ser feito por quem tem ideias de esquerda, não extremista, votei Marcelo Rebelo de Sousa e votaria hoje novamente.

Marcelo Rebelo de Sousa, está a ser na Presidência da República o que foi pela vida fora: não é “propriedade de ninguém”. Não foi a direita que o fez PR. Logo, o Presidente é o que é e não o que conforme muitos lhes conviriam que fosse, mormente a actual oposição, que pretende - quase exige – que o PR “deite “o actual Governo abaixo. Em simultâneo algumas personagens que circulam junto do actual Governo, querem - quase exigem- que o PR ande com alguns ministros ao colo, quando estes se perdem um pouco por serem menos políticos e mais académicos!

O próprio PR há pouco disse numa “conversa” com jovens estudantes que passar de “bestial a besta” é um instante. Hoje temos várias pessoas ilustres e menos ilustres, que vão à comunicação social e “desembocaram” no esquema de dizer mal do Presidente da República por acharem que tem que dizer mal.

Faz muitíssimo bem em estar ao lado do actual Governo. E faz muito bem o Presidente em estar presente em muitos eventos, nunca tendo desrespeitado a Instituição Presidência da República. Tem sido mais humano, mais próximo e é “isso” que cada vez mais se exige de um PR.

A Küttner de Magalhães, Porto

 

Democracia?

Aprendemos que democracia é o governo do povo, em última instância será o povo, que pelo voto, elege os governantes. Nestas circunstâncias, noutras organizações ligadas ao aparelho do poder (Banco de Portugal, Conselho de Finanças Públicas, Bolsa, etc.), os seus titulares deverão ser escolhidos pelo voto de quem tem legitimidade para tal, do mesmo modo que o Presidêntea da Republica e o Governo, uma vez eleitos, têm a legitimidade do cargo outorgado pelo povo e pela Constituição.

Todavia esses titulares de cargos, não podem esquecer-se que não obtiveram a totalidade dos votos, embora se tenham  comprometido a exercerem os seus mandatos para todos. Isto é a grandeza da democracia. As críticas, por vez raiando o soez, vindas das mais altas personalidades dos cargos públicos, acerca duma entrevista no PÚBLICO da directora do Conselho de Obras Públicas, não só parece indiciar que essas pessoas se consideram acima dos simples mortais, como se esqueceram duma outra faceta muito rica da democracia: liberdade de expressão. Como diriam os franceses acerca dessas frases do PR, PM e deputados geringoncicos: touché.

Duarte Dias da Silva, Lisboa