Pedro Madeira Rodrigues: O apelo da “maioria silenciosa”
É o pretendente ao cargo e promete mudar o rumo do clube.
Não se sabe ao certo que circunstâncias específicas levaram Pedro Madeira Rodrigues a avançar com uma candidatura à presidência do Sporting e abandonar o bem remunerado cargo de secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. O que se sabe é que, mesmo com a oposição de outros críticos da gestão de Bruno de Carvalho, este gestor, de 45 anos, acreditou que este era o momento para protagonizar uma transição na vida do clube. Garante que é apoiado por “uma maioria silenciosa”.
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Não se sabe ao certo que circunstâncias específicas levaram Pedro Madeira Rodrigues a avançar com uma candidatura à presidência do Sporting e abandonar o bem remunerado cargo de secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. O que se sabe é que, mesmo com a oposição de outros críticos da gestão de Bruno de Carvalho, este gestor, de 45 anos, acreditou que este era o momento para protagonizar uma transição na vida do clube. Garante que é apoiado por “uma maioria silenciosa”.
Sem grande passado “político” no Sporting, exceptuando ter integrado a lista de Pedro Baltasar, nas eleições de 2011 (teve 8,8% dos votos, numa eleição controversa, ganha por Godinho Lopes), e ter apoiado (com o voto) José Couceiro no último escrutínio, há quatro anos, Madeira Rodrigues revelou-se, nos últimos meses, um crítico feroz da actual direcção. Casado, pai de cinco filhos, tornou-se menos desconhecido dos adeptos “leoninos”, em 2012, ao assinar o musical sobre a história sportinguista “1906 - O Nosso Grande Amor”, que esteve em cena durante quatro dias, no Teatro Tivoli, em Lisboa e lhe valeu um prémio Stromp no ano seguinte.
Entre os 11 e os 14 anos, alinhou nas camadas jovens do futebol do Sporting, mas o percurso académico acabou por concentrar todas as suas energias. Licenciou-se em Gestão e Administração na Universidade Técnica de Lisboa, tirou um MBA na Universidade Nova e frequentou a Harvard Business School, nos EUA. De regresso a Portugal, foi gestor em algumas empresas, antes de passar para os corredores do Poder, primeiro como chefe de gabinete dos ministros da Economia Carlos Tavares da Silva e Álvaro Barreto, entre 2002 e 2005, nos Governos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes.
Liderava há 11 anos a Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa, acumulando também a Câmara Internacional de Comércio. “Estava muito bem no trabalho onde estava, tinha uma boa remuneração, uma equipa fantástica e nada me faria prever que iria dar uma volta tão grande na minha vida. Mas, às vezes, são estes apelos que nos movem.”