Patrícia Mamona junta mais uma medalha europeia ao palmarés
Triplista do Sporting foi mais consistente, chegou aos 14,32m, mas acabou ultrapassada pela alemã Kristin Gierisch, em Belgrado.
O segundo dia dos Campeonatos Europeus de atletismo em pista coberta, vivido neste sábado em Belgrado, permitiu manter a tradição portuguesa no certame: a de conquistar pelo menos uma medalha. Patrícia Mamona, dentro do que se poderia esperar, obteve a prata na prova do triplo salto, a sua terceira medalha europeia na disciplina, depois das conquistadas ao ar livre em 2012, em Helsínquia (prata), e em 2016, em Amesterdão (ouro).
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O segundo dia dos Campeonatos Europeus de atletismo em pista coberta, vivido neste sábado em Belgrado, permitiu manter a tradição portuguesa no certame: a de conquistar pelo menos uma medalha. Patrícia Mamona, dentro do que se poderia esperar, obteve a prata na prova do triplo salto, a sua terceira medalha europeia na disciplina, depois das conquistadas ao ar livre em 2012, em Helsínquia (prata), e em 2016, em Amesterdão (ouro).
A medalha de Patrícia Mamona constituiu uma óbvia proeza de uma atleta que tem habituado os portugueses a supera-se nos momentos mais críticos, mas acaba por saber a pouco. A sportinguista abriu o concurso a toda velocidade, com 14,24m, e logo se viu que estava plena de confiança. Esse salto inicial poderia ter selado o concurso, dado que não apanhou sequer a tábua de chamada, ficando a 10cm da mesma e perdendo, por isso, uns bons 30cm em relação a uma chamada ideal.
Dando de barato que a “chamada ideal” é difícil de obter, digamos que 20cm foram dados de mão beijada às rivais e a alemã Kristin Gierisch, a última a saltar em cada ronda, acabou por aproveitar. Logo a seguir, Gierisch saltou 14,37m, melhor resultado europeu do ano, e tomou o comando da prova. Ninguém acreditaria que o ouro ficasse aí definido, mas assim foi.
Gierisch foi perdendo gás a cada salto seguinte, como a sua compatriota Jenny Elbe, e ao invés Patrícia Mamona manteve um concurso de alto nível, constante e em subida. Fez 14,25m no segundo salto, 14,29m no terceiro e, depois de um nulo, 14,32m no quinto. Gierisch acumulava nulos e era evidente que, mesmo saltando depois da portuguesa, já não conseguiria responder caso esta passasse para a frente no último salto.
Com 14,01m, Mamona fechou a prova com todos os saltos válidos acima de 14m, mostrou que era a melhor em prova, mas basta um salto para ganhar e isso valeu à alemã. Fica, sobretudo, a frustração relativa àquele primeiro ensaio, que teria colocado a fasquia inalcançável para todas as concorrentes. De entre elas, a grega Paraskevi Papachristou, que alcançou o terceiro lugar com 14,24m e foi também bastante regular ao longo do concurso.
Susana Costa fez também uma boa prova, chegou a 13,99m no segundo ensaio, recorde pessoal em pista coberta (tem 14,34m ao ar livre), e fechou a participação na sétima posição. No final, partilhou com a sua colega e amiga um grande momento para o triplo salto português.
Resultado
1. Kristin Gierisch (Ale): 14,37m
2. Patrícia Mamona (Por): 14,32m
3. Paraskevi Papahrístou (Gre): 14,24m
4. Jagaciak Michalkska (Pol): 14,14m
5. Ana Peleteiro (Esp): 14,13m
6. Jenny Elbe (Ale): 14,12m
7. Susana Costa (Por): 13,99m
8. Kristina Makela (Fin): 13,73m