Comissão Europeia disponível para dar novos esclarecimentos sobre "caso Barroso"
A Comissão Europeia reagiu à contratação de Durão Barroso pelo Goldman Sachs, sublinhando a forma “forma clara e transparente” com que lidou com a situação e mostrando-se disponível para responder às dúvidas da provedora de Justiça Europeia “de forma apropriada”, disse o porta-voz do executivo comunitário.
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A Comissão Europeia reagiu à contratação de Durão Barroso pelo Goldman Sachs, sublinhando a forma “forma clara e transparente” com que lidou com a situação e mostrando-se disponível para responder às dúvidas da provedora de Justiça Europeia “de forma apropriada”, disse o porta-voz do executivo comunitário.
“O Presidente [da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker] e o Colégio [de Comissários] reagiram a este caso de uma maneira muito pública, muito institucional, propondo uma revisão importante ao Código de Conduta”. “Esta é para nós a maneira mais pública, clara e transparente de nos posicionarmos perante a decisão do antigo presidente desta casa de integrar o banco Goldman Sachs”, salientou Margaritis Schinas.
“Se a provedora pede ainda um esclarecimento, todas as respostas serão dadas de forma apropriada e no momento adequando”, adiantou o porta-voz da Comissão Europeia, no briefing diário.
A provedora Emily O’Reilly decidiu abrir um inquérito à actuação “alegadamente insuficiente” da Comissão Europeia no quadro da polémica ida do anterior presidente do executivo comunitário Durão Barroso para o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs.
Numa carta dirigida a Jean-Claude Juncker, a provedora anuncia que decidiu dar provimento a uma queixa que lhe foi apresentada este mês por um grupo de actuais e antigos funcionários das instituições da União Europeia (que se identificam como EU Employees), e solicita desde já uma inspecção do seu gabinete à Comissão, com vista a ter acesso a toda a documentação referente ao parecer emitido pelo comité de ética ad hoc da Comissão Europeia sobre este caso. Pede uma resposta até 31 de Março.
A provedora questiona então o presidente da Comissão se, no caso de efectivamente não ter sido adoptada qualquer decisão, “por que é que a Comissão não considerou necessário ou apropriado tomar uma decisão formal”, e, se foi tomada, que faça chegar uma cópia desta ao seu gabinete.