Instituto Ricardo Jorge desenvolve novo método para diagnosticar doença rara
O dia Mundial das doenças raras assinala-se na terça-feira.
A Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Instituto Ricardo Jorge anunciou nesta segunda-feira que desenvolveu um novo método de diagnóstico bioquímico e molecular, mais rápido e muito menos invasivo, para a doença de Niemann-Pick tipo C (NPC).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Instituto Ricardo Jorge anunciou nesta segunda-feira que desenvolveu um novo método de diagnóstico bioquímico e molecular, mais rápido e muito menos invasivo, para a doença de Niemann-Pick tipo C (NPC).
A NPC tem uma prevalência em Portugal de 2,2 casos em cada 100 mil recém-nascidos e caracteriza-se por defeitos no transporte intracelular do colesterol, conduzindo à sua acumulação excessiva em diferentes órgãos.
"(...) O aparecimento dos primeiros sintomas pode ocorrer tanto no período perinatal como apenas aos 50 anos de idade, sendo o prognóstico mais grave nos casos de envolvimento neurológico precoce, levando à morte prematura de grande parte dos doentes", indicou o Instituto Ricardo Jorge.
De acordo com o instituto de saúde, o diagnóstico tradicional desta doença tem sido feito com base na detecção da acumulação de colesterol.
"A partir de agora a suspeita clínica de NPC passa a poder ser confirmada através do doseamento bioquímico de oxiesteróis, método muito menos invasivo, rápido e sensível, sendo o estudo molecular também necessário para a confirmação do diagnóstico", refere um comunicado do instituto.
A nova metodologia, desenvolvida pelo Departamento de Genética Humana do Instituto Ricardo Jorge, é única em Portugal.
Este departamento – através da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética (URN) e dos grupos da sua Unidade de Investigação – "tem-se dedicado ao diagnóstico e investigação de doenças raras".
Estima-se que na União Europeia entre 25 a 36 milhões de pessoas sofram de uma doença rara.
O dia Mundial das doenças raras assinala-se na terça-feira.