Festival Feminista resiste e (re)existe
O Festival Feminista do Porto está mais uma vez a chegar. As acções vão durar todo o mês de Março
O Festival Feminista do Porto está de volta à cidade, durante todo o mês de Março, de quarta a domingo. O programa será apresentado dia 2 de Março, esta quinta-feira, pelas 21h30 no Maus Hábitos, mas já se sabe que as actividades vão ser variadas. O que quer dizer que tanto inclui debates como oficinas de autodefesa. Para 8 de Março — Dia Internacional da Mulher — está a ser preparada uma arruada feminista, cujo ponto de partida vai ser anunciado mais tarde na página do Facebook do festival. E o tema do festival, Resistências & (re)Existências — Os feminismos nossos de cada dia, reflecte essa diversidade.
Daí que o festival pretenda chamar todos os públicos. Até os mais novos estão convidados, por exemplo, para a oficina "Mutantes e depois?". O título do festival adianta que não se trata apenas de mais uma discussão abstracta sobre a luta pela igualdade de género, mas da sua defesa diária. "Se a existência é feita nos espaços quotidianos, também a resistência deve ocupá-los quotidianamente", pode ler-se no texto de apresentação do festival.
O Festival Feminista do Porto apresenta-se como um conjunto de encontros, diálogos e reflexões. Não é apenas mais uma representação unidimensional do feminismo. Aliás, na apresentação do festival não se fala de feminismo, mas de feminismos. Sara Leão, que integra a equipa do festival, explica que o feminismo "não é um movimento homogéneo, existem muitos tipos de mulheres e às vezes desacordo". Feminismos no plural, porque não há só um. Exemplo disso é o próprio festival, que apresenta a "resistência ao capitalismo" como ponto de partida para a defesa da igualdade de género.
"Para nós, no Festival Feminista do Porto, as desigualdades sociais não estão separadas da desigualdade de género e o capitalismo é uma barreira, leva às desigualdades sociais", disse Sara Leão ao P3. Ainda assim, Sara não esquece que existem vários feminismos e acrescenta: "Claro que isto é para nós, no festival, mas existem, por exemplo, feministas neo-liberais que não se opõem ao capitalismo." Sara Leão recorda que "é importante lembrarmo-nos que nenhum direito é um dado adquirido", diz.
Os organizadores do festival lançaram uma campanha de crowdfunding para financiar os gastos, cujo objectivo é recolher dois mil euros para cobrir gastos de deslocação, alimentação e despesas logísticas do festival. Dependendo da quantia com que se contribui, pode receber-se desde um poema feminista enviado por e-mail a t-shirts e pins do festival.
Em Outubro de 2015, a Caravana Feminista da Marcha Mundial das Mulheres passou pelo Porto e, para a acolher, nasceu o primeiro Festival Feminista do Porto. Durante todo mês de Outubro, as iniciativas multiplicaram-se pela cidade. Ao todo, mais de vinte espaços foram inundados pelos feminismos portuenses. O sucesso fez com que a iniciativa se voltasse a repetir.
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O Festival Feminista do Porto está de volta à cidade, durante todo o mês de Março, de quarta a domingo. O programa será apresentado dia 2 de Março, esta quinta-feira, pelas 21h30 no Maus Hábitos, mas já se sabe que as actividades vão ser variadas. O que quer dizer que tanto inclui debates como oficinas de autodefesa. Para 8 de Março — Dia Internacional da Mulher — está a ser preparada uma arruada feminista, cujo ponto de partida vai ser anunciado mais tarde na página do Facebook do festival. E o tema do festival, Resistências & (re)Existências — Os feminismos nossos de cada dia, reflecte essa diversidade.
Daí que o festival pretenda chamar todos os públicos. Até os mais novos estão convidados, por exemplo, para a oficina "Mutantes e depois?". O título do festival adianta que não se trata apenas de mais uma discussão abstracta sobre a luta pela igualdade de género, mas da sua defesa diária. "Se a existência é feita nos espaços quotidianos, também a resistência deve ocupá-los quotidianamente", pode ler-se no texto de apresentação do festival.
O Festival Feminista do Porto apresenta-se como um conjunto de encontros, diálogos e reflexões. Não é apenas mais uma representação unidimensional do feminismo. Aliás, na apresentação do festival não se fala de feminismo, mas de feminismos. Sara Leão, que integra a equipa do festival, explica que o feminismo "não é um movimento homogéneo, existem muitos tipos de mulheres e às vezes desacordo". Feminismos no plural, porque não há só um. Exemplo disso é o próprio festival, que apresenta a "resistência ao capitalismo" como ponto de partida para a defesa da igualdade de género.
"Para nós, no Festival Feminista do Porto, as desigualdades sociais não estão separadas da desigualdade de género e o capitalismo é uma barreira, leva às desigualdades sociais", disse Sara Leão ao P3. Ainda assim, Sara não esquece que existem vários feminismos e acrescenta: "Claro que isto é para nós, no festival, mas existem, por exemplo, feministas neo-liberais que não se opõem ao capitalismo." Sara Leão recorda que "é importante lembrarmo-nos que nenhum direito é um dado adquirido", diz.
Os organizadores do festival lançaram uma campanha de crowdfunding para financiar os gastos, cujo objectivo é recolher dois mil euros para cobrir gastos de deslocação, alimentação e despesas logísticas do festival. Dependendo da quantia com que se contribui, pode receber-se desde um poema feminista enviado por e-mail a t-shirts e pins do festival.
Em Outubro de 2015, a Caravana Feminista da Marcha Mundial das Mulheres passou pelo Porto e, para a acolher, nasceu o primeiro Festival Feminista do Porto. Durante todo mês de Outubro, as iniciativas multiplicaram-se pela cidade. Ao todo, mais de vinte espaços foram inundados pelos feminismos portuenses. O sucesso fez com que a iniciativa se voltasse a repetir.