Trump decide faltar ao jantar com os correspondentes da Casa Branca
O jantar "tem sido e continuará a ser uma celebração do papel importante desempenhado por uma imprensa independente", afirmou Jeff Mason, que lidera actualmente a Associação dos Correspondentes da Casa Branca.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou este sábado que não vai comparecer ao jantar anual da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, um evento que atrai celebridades, políticos e jornalistas. "Não vou ao jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca este ano", escreveu Trump no Twitter.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou este sábado que não vai comparecer ao jantar anual da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, um evento que atrai celebridades, políticos e jornalistas. "Não vou ao jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca este ano", escreveu Trump no Twitter.
Durante a campanha eleitoral e também na Casa Branca, Trump tem mantido relações tensas com a imprensa, chamando os jornalistas de "inimigos do povo" e criticando com frequência órgãos de comunicação e jornalistas cujo trabalho não gosta.
A associação afirma que vai manter o jantar de 29 de Abril apesar da ausência de Trump. O jantar "tem sido e continuará a ser uma celebração da Primeira Emenda e do papel importante desempenhado por uma imprensa independente numa república saudável", afirmou Jeff Mason, correspondente da Reuters na Casa Branca, que lidera actualmente aquela organização.
O evento em Washington atrai, por norma, estrelas de cinema, políticos e empresários, que se reúnem para ouvir o discurso habitualmente bem humorado do Presidente em exercício. Ronald Reagan foi o último presidente a ausentar-se do evento, depois de sofrer uma tentativa de assassinato em 1981.
Algumas empresas como a Bloomberg News e a revista New Yorker anunciaram que não vão organizar as tradicionais after-parties que têm sido comuns em jantares anteriores.
O anúncio da ausência do Presidente Trump acontece depois de, nesta sexta-feira, a Casa Branca ter impedido vários órgãos de comunicação de participar num briefing informal realizado pelo secretário de imprensa da Casa Branca. Não foi permitida a entrada de jornalistas da CNN, New York Times, Politico, The Los Angeles Times e BuzzFeed na sessão com o secretário de imprensa Sean Spicer, uma decisão controversa que gerou duros protestos.
O jantar anual da Associação dos Correspondentes da Casa Branca por vezes torna-se também notícia. Em 2011, o presidente Barack Obama fez uma piada sobre Trump – que já na altura questionava a veracidade da certidão de nascimento que mostra que Obama nasceu em território americano –, sugerindo que o magnata, que se encontrava na audiência, podia “recomeçar a interessar-se por questões mais importantes como ‘será que conquistámos mesmo a lua?’”.