Antigo cinema Quarteto, em Lisboa, vai transformar-se em edíficio de escritórios
O edifício tinha sido fechado em 2007 por falta de condições de segurança. O processo de conversão foi autorizado pela secretaria de Estado da Cultura.
O edifício na rua Flores de Lima, em Lisboa, onde até 2007 funcionou o cinema Quarteto, está a ser convertido num edifico de escritórios, confirmou à agência Lusa fonte da Câmara Municipal de Lisboa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O edifício na rua Flores de Lima, em Lisboa, onde até 2007 funcionou o cinema Quarteto, está a ser convertido num edifico de escritórios, confirmou à agência Lusa fonte da Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com fonte oficial da autarquia, em Dezembro de 2015 deu entrada nos serviços camarários um pedido de licenciamento de obras de alteração para o edifício do antigo cinema Quarteto, que teve como requerente a Eternoriente. Esse pedido foi autorizado em Outubro do ano passado.
A Câmara adiantou que as obras prevêem "a recuperação do edifício reconvertendo-o num espaço de escritórios" e que a "afectação do edifício a uso de natureza diferente da actividade cinematográfica" foi autorizada pela então secretaria de Estado da Cultura.
A transformação do edifício, já a decorrer, foi noticiada pelo jornal online Corvo, que refere que as obras "deverão terminar apenas no final do ano, convertendo o imóvel num centro de negócios e de trabalho, que ocupará três pisos".
O cinema Quarteto, fundado pelo exibidor Pedro Bandeira Freire, tinha por slogan Quatro salas, quatro filmes, e foi inaugurado em 21 Novembro de 1975. Funcionou, neste edifício, até ao encerramento pela Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC), por falta de condições de segurança, em 16 de Novembro de 2007.
A vistoria da IGAC apontou falta de condições de segurança, sobretudo de prevenção de incêndios, reposteiros de material altamente inflamável a tapar caminhos de evacuação e revestimentos de paredes e tectos em material também muito inflamável.
Na altura, era a Associação Cine-Cultural da Amadora que explorava o cinema, que, no ano anterior, estava ainda nas mãos da distribuidora Castello-Lopes. Entretanto, o edifício foi comprado em 2013 pela Igreja Plenitude de Cristo, que acabou por não o utilizar.
De acordo com o Corvo, "em 23 de Setembro de 2014, o imóvel era já dado como devoluto pela Câmara Municipal de Lisboa, de acordo com um despacho assinado por Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, e incluído num lote de 19 prédios ou fracções na mesma situação". Refere ainda o jornal que, em 2015, o edifício já era propriedade da Eternoriente, que entrou com o pedido de licenciamento de obras.