Laboratório do Infarmed vai testar medicamentos da malária para a OMS

A entidade portuguesa vai ajudar a identificar medicamentos antimaláricos sem qualidade, associados a parte das mortes pela doença.

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O Infarmed já colaborou anteriormente com a OMS e outros programas da ONU para testar fármacos para o VIH/sida e para a malária Reuters/ADRIANE OHANESIAN

O laboratório da Autoridade do Medicamento portuguesa (Infarmed) foi um dos seleccionados a nível mundial para analisar fármacos contra a malária para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O laboratório da Autoridade do Medicamento portuguesa (Infarmed) foi um dos seleccionados a nível mundial para analisar fármacos contra a malária para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Infarmed vai assim fazer parte da rede de laboratórios que pretende detectar medicamentos antimaláricos falsificados, segundo uma comunicação feita esta terça-feira pelo próprio organismo no seu boletim de notícias.

No âmbito do programa de combate à malária em vários países, estão a ser distribuídos medicamentos a populações carenciadas que integram uma lista de fármacos pré-qualificados pela OMS.

Segundo a OMS, metade da população mundial está em risco de contrair malária. Em cada ano, há quase 225 milhões de casos, que provocam 781 mil mortes, sendo que 85% das mortes são de crianças, maioritariamente em países africanos.

Uma parte destas mortes pode estar associada à administração de medicamentos antimaláricos sem qualidade, que contribui para o desenvolvimento de resistência às terapêuticas mais utilizadas.

"A detecção rápida destes medicamentos sem qualidade nos locais em que estão a ser distribuídos é um imperativo. É no âmbito deste projecto que o laboratório do Infarmed irá actuar", refere a Autoridade do Medicamento.

O Infarmed renovou em Novembro um protocolo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento para analisar medicamentos para tratar doenças como o VIH, a malária e a tuberculose quando há o risco de falta de qualidade ou de falsificações. Em causa estão medicamentos que se destinam a países como Guiné-Bissau, Angola, Chade, Cuba, Irão ou Síria.