Porto: Terminal de Campanhã com “grande parque” natural
Projecto do arquitecto Nuno Brandão Costa venceu concurso público e inclui um espaço verde que funcionará como "um pulmão" da zona Leste do Porto. Obras devem arrancar em 2018
O futuro Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), no Porto, vai ter dois pisos, um parque de estacionamento para 270 carros e um "grande parque" natural com 22 mil metros quadrados, disse o arquitecto responsável pelo projecto. "O terminal terá um grande parque com uma área semelhante à da Avenida dos Aliados com muitas árvores, arbustos, vegetação, espelhos de água e bancos para as pessoas se sentarem", explicou o arquitecto Nuno Brandão Costa, à margem da inauguração da exposição Terminal Intermodal de Campanhã — Projectos Participantes, na Câmara do Porto.
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O futuro Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), no Porto, vai ter dois pisos, um parque de estacionamento para 270 carros e um "grande parque" natural com 22 mil metros quadrados, disse o arquitecto responsável pelo projecto. "O terminal terá um grande parque com uma área semelhante à da Avenida dos Aliados com muitas árvores, arbustos, vegetação, espelhos de água e bancos para as pessoas se sentarem", explicou o arquitecto Nuno Brandão Costa, à margem da inauguração da exposição Terminal Intermodal de Campanhã — Projectos Participantes, na Câmara do Porto.
A mostra, patente no átrio da Câmara do Porto até 6 de Março, entre as 9 horas e as 17 horas, exibe os 22 projectos que concorreram ao concurso público lançado para a concepção do TIC. Nuno Brandão Costa explicou que o parque funcionará como um "pulmão" da zona Leste da cidade portuense, onde existe um "enorme" lapso de espaço verde, e como um elemento agregador de toda a envolvente urbana. "Um pulmão verde que acaba por retirar carga poluente, dado que com este terminal a carga mecânica vai ser ainda maior", disse.
O parque terá um circuito pedonal e ciclável que as pessoas podem percorrer para aceder ao terminal ou apenas para passear e desfrutar da paisagem. Para Nuno Brandão Costa, o parque concretiza a transição entre o terminal e o tecido urbano convencional, estabilizando a morfologia do terreno. "O terminal é um espaço aberto, ventilado, transparente e com uma ligação contínua ao exterior", sustentou, sublinhando que o TIC separa a zona mecânica e viária da zona pedonal.
Nuno Brandão Costa explicou que, além da questão funcional e mecânica, o projecto de concessão do TIC pretendeu resolver uma desordem territorial e uma grande fragmentação urbana existente naquela zona da cidade há anos. Durante a cerimónia, o presidente do município, Rui Moreira, salientou que ao fim de 14 anos de promessas, o TIC deixou de ser uma promessa para ser um projecto e, em breve, passar a ser uma obra. Na sua opinião, o projecto é estruturante para o desenvolvimento da zona oriental da cidade, mas é também fundamental para a mudança de paradigma da mobilidade colectiva em toda a cidade.
O projecto tem várias vantagens, sendo uma delas a ligação entre as duas partes da zona da Campanhã e um elemento integrador de um dos principais nós da rede de transportes a nível metropolitano, frisou. O projecto de Nuno Brandão Costa tem um custo estimado de 6,3 milhões de euros e permitirá uma interligação entre os diferentes meios de transporte. A empreitada, que deverá ter um prazo de execução de cerca de 18 meses, irá arrancar em 2018.