O MAAT “foi feito muito depressa”, por isso volta às obras antes da reabertura
As obras, iniciadas na semana passada, vão prolongar-se por mais três semanas. Decorrem enquanto o museu está fechado para instalação de novas exposições.
A um mês da reabertura, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) está novamente em obras. Dezenas de azulejos foram retirados durante a passada semana e estão agora a ser recolocados. Grande parte da escadaria à entrada do museu também foi levantada. “Foi tudo feito muito depressa, por isso agora estamos a fazer melhorias nos acabamentos. Estamos a melhorar os remates” no topo e na base do edifício, um projecto de Amanda Levete, adiantou ao PÚBLICO fonte da empresa responsável pela empreitada, Luís Frazão S.A. Construção Civil e Obras Públicas.
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A um mês da reabertura, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) está novamente em obras. Dezenas de azulejos foram retirados durante a passada semana e estão agora a ser recolocados. Grande parte da escadaria à entrada do museu também foi levantada. “Foi tudo feito muito depressa, por isso agora estamos a fazer melhorias nos acabamentos. Estamos a melhorar os remates” no topo e na base do edifício, um projecto de Amanda Levete, adiantou ao PÚBLICO fonte da empresa responsável pela empreitada, Luís Frazão S.A. Construção Civil e Obras Públicas.
Aberto ao público a 5 de Outubro, três anos de obra e 20 milhões de euros depois, o MAAT está encerrado desde dia 6 de Fevereiro até 22 de Março, data da reabertura e inauguração de duas exposições. No final de Janeiro, o administrador executivo e director-geral da Fundação EDP, Miguel Coutinho, explicava à agência Lusa que o encerramento do novo edifício servia para "proceder à instalação das novas exposições que vão decorrer em todas as salas, e fazer algumas pequenas reparações, que já estavam previstas".
As obras, iniciadas na semana passada, vão prolongar-se por mais três semanas, assegurou a fonte no local. O piso superior, onde o jardim continua em obras, tem o acesso vedado do lado da Central Tejo, o primeiro edifício do complexo museológico da Fundação EDP. O jardim, projecto do arquitecto paisagista Vladimir Djurovic, vai ter 300 árvores e 3000 arbustos a ladear os dois edifícios ao longo de 38 mil metros quadrados.
Segundo as previsões de Miguel Coutinho, o jardim, assim como a ponte pedonal a ligar as duas margens separadas pela linha de comboio, estarão prontos em Maio. O director-geral da Fundação EDP referiu, no mês passado, que já estava a ser preparado a estrutura metálica da ponte em estaleiro. “Até Maio temos garantias de que tanto o jardim como a ponte pedonal estarão concluídos. Quando digo Maio é para ser o mais rigoroso possível, porque podem estar prontos em Abril”, explicou ao PÚBLICO em Janeiro. Quanto ao também previsto restaurante com vista para o Tejo, Miguel Coutinho adiantara que esperava abrir até Junho.
Quando reabrir, a 22 de Março, a entrada no MAAT já será paga. Uma visita conjunta ao novo edifício e à Central Tejo vai custar 9 euros. Paga 5 euros quem preferir a visita a apenas um dos espaços. Haverá ainda um cartão anual que, por 20 euros, dá acesso a duas pessoas a todas as exposições.
A reabertura coincide com a inauguração da exposição Utopia/Distopia, com obras de arquitectos e artistas plásticos portugueses e estrangeiros, e da performance “Ordem e Progresso” do artista mexicano Hector Zamora, que vai ocupar a galeria oval do MAAT com destroços de tradicionais barcos de pesca portugueses.
Situado na margem lisboeta do rio Tejo, em Belém, o novo edifício é o segundo do complexo da Fundação EDP. Ao lado da Central Tejo, um exemplar da arquitectura industrial que se tornou num museu em 2004, o novo edifício com assinatura da arquitecta britânica tem quase 15 mil placas de cerâmica a cobrir a fachada, a entrada do museu e parte do restaurante.