Senado americano confirma céptico das alterações climáticas para tutelar pasta do Ambiente

Scott Pruitt duvida da influência humana no aquecimento global e foi uma das principais figuras a combater judicialmente a política ambiental de Barack Obama.

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Reuters/JOSHUA ROBERTS

Apesar da pressão e das críticas por parte dos senadores democratas e de grupos ambientalistas, Scott Pruitt foi confirmado pelo Senado para liderar a Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês). No total, Pruitt recolheu 52 votos a favor e 46 contra.

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Apesar da pressão e das críticas por parte dos senadores democratas e de grupos ambientalistas, Scott Pruitt foi confirmado pelo Senado para liderar a Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês). No total, Pruitt recolheu 52 votos a favor e 46 contra.

O até agora procurador-geral do Oklahoma foi o escolhido por Donald Trump para liderar esta agência, apesar de ser um céptico relativamente à influência humana no aquecimento global. Pruitt foi também uma das principais figuras que interposeram acções legais contra a política ambiental de Barack Obama e contra a própria EPA, que irá agora comandar.

Em concreto, lembra o Washington Post, Pruitt processou mais de uma dúzia de vezes a agência durante os oito anos da Administração Obama, contestando a autoridade da EPA na regulamentação da poluição tóxica de mercúrio, poluição atmosférica, emissões de carbono de centrais eléctricas e qualidade das águas. Este foi um dos principais argumentos dos senadores democratas para contestar a sua nomeação, acusando Pruitt de ser um aliado da indústria dos combustíveis fósseis. 

Por tudo isto, a nova escolha de Donald Trump parece estar em linha com o que o republicano defendeu durante a campanha eleitoral, duvidando também da influência humana nas alterações climáticas, ameaçando romper com o Acordo de Paris e prometendo reverter as políticas ambientais de Obama. Trump chegou a dizer que a tese das alterações climáticas não passava de uma "invenção" criada pela China para retirar produtividade à economia norte-americana.

“O debate está longe de estar estabelecido”, afirmou Pruitt em Maio do ano passado, citado pelo New York Times. “Os cientistas continuam a discordar sobre o grau e a extensão do aquecimento global e a sua ligação com as acções da humanidade”, referiu.