Supremo da Venezuela confirma condenação de Leopoldo López

López foi condenado em Setembro de 2015 a 13 anos e nove meses de prisão por instigação pública, associação criminosa, danos à propriedade e incêndio nas violentas manifestações de 2014.

Foto
Supremo venezuelano rejeitou recurso dos advogados de López LUSA/FERNANDO BIZERRA JR

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou esta quinta-feira a condenação a quase 14 anos de prisão do líder mais radical da oposição política do país Leopoldo López, informou o seu advogado de defesa, Juan Carlos Gutiérrez.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou esta quinta-feira a condenação a quase 14 anos de prisão do líder mais radical da oposição política do país Leopoldo López, informou o seu advogado de defesa, Juan Carlos Gutiérrez.

"O recurso foi considerado inadmissível, temos a possibilidade de tentar uma acção internacional", explicou o advogado de defesa, sublinhando que o caso de Leopoldo López está encerrado na Venezuela.

López foi condenado a 10 de Setembro de 2015 a 13 anos e nove meses de prisão por um tribunal de Caracas. A condenação é a máxima para os crimes de que estava acusado, nomeadamente instigação pública, associação criminosa, danos à propriedade e incêndio em relação às violentas manifestações de Fevereiro de 2014, que provocaram vários mortos. O partido fundado por Leopoldo López, Vontade Popular, convocou para sábado uma manifestação para assinalar o terceiro ano da sua prisão.

O ex-presidente do Governo espanhol Felipe González acusou esta quinta-feira Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de cometer "um crime de prevaricação" ao ratificar a condenação.

González, que participou esta quinta-feira com o também antigo Presidente do Governo espanhol José María Aznar num ato em Madrid para pedir a libertação do político venezuelano, considerou a decisão "nula de pleno direito, arbitrária e completamente injusta". "O Tribunal sabe que comete um crime de prevaricação, o mais grave que pode atribuir-se aos juízes. São conscientes de estar a condenar um inocente só por ser um líder da oposição à tirania de Maduro", disse.