Ainda não parece, mas há 800 novas árvores na VCI
Já arrancou o projecto da Câmara do Porto de plantar até 2021 dez mil árvores em vários pontos dos eixos principais da cidade.
A primeira árvore escolhida foi um medronheiro. Passava pouco das 11h30 desta terça-feira quando Rui Moreira o plantou no Nó do Regado, na Via de Cintura Interna do Porto. O medronheiro vai ser uma das 800 árvores que vão crescer neste novo biospot da cidade.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A primeira árvore escolhida foi um medronheiro. Passava pouco das 11h30 desta terça-feira quando Rui Moreira o plantou no Nó do Regado, na Via de Cintura Interna do Porto. O medronheiro vai ser uma das 800 árvores que vão crescer neste novo biospot da cidade.
Os vereadores da câmara já tinham todos as luvas calçadas quando o presidente chegou à primeira das sete parcelas, próximo da rotunda do Carvalhido. O medronheiro é uma árvore ornamental com “folhas sempre verdes” e que “no Natal dá flores brancas e frutos vermelhos”, explica Conceição Almeida, da Futuro Vivo, entidade responsável pela plantação das árvores. Além de medronheiros, vão ser plantados, naqueles três hectares, castanheiros, aveleiras, bétulas e lódom, todas “espécies nativas” que foram “semeadas e criadas” no viveiro da associação. Cada parcela vai ser diferente, fruto de um “processo longo e muito bem pensado” que passou pela escolha das espécies, visitas aos terrenos e criação de várias parcerias.
A decisão de começar pelo terreno no Regado foi “meramente logística”, uma vez que o local é de fácil acesso e fica perto da sede das instituições responsáveis pelo projecto. Junto à estrada, estes espaços “não são jardins feitos para passear”, explica Rui Moreira.
O protocolo estabelecido entre a Câmara, a Área Metropolitana do Porto e a Infra-estruturas de Portugal (IP) é uma aposta para criar uma “economia verde”, diz o autarca. Em adultas, as árvores vão ter “capacidade de reter 50 toneladas de carbono por ano” e “fazer serviços ecológicos avaliados em 500 mil euros todos os anos”, diz o vereador do Ambiente.
No local, onde o “terreno é fértil”, diz João Almeida, arquitecta paisagista do projecto, as árvores maiores estão “localizadas no centro” e as espécies foram escolhidas de forma a criar diversidade quanto à cor e forma. As sementes são certificadas e foram compradas no Centro Nacional de Sementes Florestais, em Amarante. Texto editado por Ana Fernandes
O vereador do Ambiente sublinha que o Porto já tem um índice de áreas verdes “comparado às melhores cidades da Europa”. Estes novos “bosques urbanos”, como lhes chamou, fazem parte do plano da câmara para tornar a cidade mais verde. A nova rede de biospots, instalados em nós e taludes, está incluída no programa da autarquia FUN – Florestas Urbanas Nativas do Porto.
A manutenção vai ser feita durante os primeiros anos pela IP, que disponibilizou também o espaço e o trabalho de plantação. O plano foi traçado para que o impacte seja o mais positivo possível e não afecte as vias de trânsito, mas Conceição Almeida lembra que “nada é perfeito”.
A partir da próxima terça-feira, quem passa na VCI já vai conseguir ver pequenas árvores e arbustos nas sete parcelas do nó. Faltam outras nove mil e duzentas, que serão plantadas em 17 hectares espalhados pelo Porto.
Texto editado por Ana Fernandes