Alfredo Cunha, o fotógrafo que não pára quieto
Lisboa recebe na Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional retrospectiva daquele que é um dos mais experientes fotojornalistas portugueses. Exposição abre ao público no dia 3 de Março.
Diz quem o conhece de perto que, mesmo depois de se reformar, o fotojornalista Alfredo Cunha (Celorico da Beira, 1953) tem trabalhado mais do que nunca. Não parar, não estar quieto, não pousar a câmara fotográfica e não deixar de olhar para o que já foi feito. É uma descrição possível dos últimos anos daquele que é um dos mais experientes repórteres fotográficos da imprensa portuguesa (47 anos no activo), que apresenta pela primeira vez em Lisboa uma grande retrospectiva da sua obra (Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, a partir de 3 de Março).
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Diz quem o conhece de perto que, mesmo depois de se reformar, o fotojornalista Alfredo Cunha (Celorico da Beira, 1953) tem trabalhado mais do que nunca. Não parar, não estar quieto, não pousar a câmara fotográfica e não deixar de olhar para o que já foi feito. É uma descrição possível dos últimos anos daquele que é um dos mais experientes repórteres fotográficos da imprensa portuguesa (47 anos no activo), que apresenta pela primeira vez em Lisboa uma grande retrospectiva da sua obra (Galeria Municipal do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, a partir de 3 de Março).
São mais de 500 fotografias que traçam o percurso de um fotógrafo e que ajudam a compreender acontecimentos marcantes da História recente de Portugal. São dele algumas das mais icónicas fotografias da Revolução dos Cravos (e de um dos seus protagonistas maiores, Salgueiro Maia). Como também são dele imagens da descolonização que nos ficaram na memória (contentores chegados das ex-colónias ao Padrão dos Descobrimentos, estátuas às fatias, “São Tomé e Príncipe 1975”).
O processo de descolonização portuguesa foi, aliás, a sua primeira grande reportagem, à qual se seguiram tantas outras em Portugal e no mundo, cobrindo factos históricos, guerras, questões sociais, retratando famosos e anónimos. Em resumo, fotografando, primeiro ao serviço incontáveis jornais e revistas. Agora por conta própria. E às vezes, por conta de organizações não-governamentais como a AMI, para quem realizou Três Décadas de Esperança, que o levou a percorrer, com Luís Pedro Nunes, países como Níger, Roménia, Bangladesh, Índia, Haiti, Sri Lanka, Guiné Bissau e Nepal, trabalho do qual resultou o seu último livro: Toda a esperança do mundo.
Esta retrospectiva de Alfredo Cunha (primeiro editor de fotografia do PÚBLICO, ao lado de Luís Vasconcelos), é diferente da que, no ano passado, foi apresentada na Maia. A exposição na Galeria Municipal do Torreão Nascente será organizada por décadas e em núcleos: Nacional, Internacional, Retratos e AMI.