“Employer Branding”: melhores colaboradores, melhores empresas
Quando se fala de talento, já não basta ter “vagas de emprego”. É necessário projectar uma imagem positiva para assim seduzir os melhores candidatos
A realidade não é nova. Há em Portugal um conjunto de empresas com excesso de procura por parte dos candidatos. A taxa de desemprego que se situa atualmente na ordem dos 10 por cento mantém a pressão por parte de recém-licenciados e profissionais de várias áreas que procuram novas oportunidades. Por outro lado, muitas companhias que oferecem reais oportunidades de carreira sentem dificuldade em encontrar recursos qualificados que preencham as vagas disponíveis. A situação até poderia ser caricata, não fosse ela preocupante. É que muitos dos candidatos disponíveis, não vendo oportunidades em Portugal, acabam por abandonar o país, levando o seu talento para outros mercados.
A questão desperta actualmente nas empresas a necessidade de trabalharem o seu “marketing empregador”. De desenvolverem a imagem de empresa apetecível, onde os colaboradores têm bom ambiente profissional, boas condições remuneratórias e de trabalho e reais oportunidades de carreira. Quando se fala de talento, já não basta ter “vagas de emprego”. É necessário projectar uma imagem positiva para assim convencer os melhores candidatos.
No mercado de trabalho convencional, é um privilégio uma empresa oferecer um emprego. O trabalhador submisso responde ao anúncio que corresponde ao seu perfil, muitas vezes sem saber sequer qual é a empresa que o contrata. As entrevistas decorrem como um processo de selecção natural, em que a empresa assume o papel dominador.
No "mercado de talento" a relação é mais equilibrada. Empregado e empregador têm de apresentar a sua proposta de valor, têm de ser atractivos e iniciar a negociação, que resulta, não na contratação, mas no projecto de colaboração mútuo. E se atentarmos a mercados "aquecidos", como o das tecnologias de informação, a situação inverte-se e já observamos empresas a procurar candidatos com o mesmo procedimento que antes os candidatos procuravam as empresas.
Nasce então o "Employer Branding" como forma de promover a atractividade empregadora. O ambiente humano das empresas, em conjunto com a (r)evolução da relação empregado/trabalhador, conduz à criação de empresas mais preocupadas com a felicidade dos seus colaboradores, que promovem o bom relacionamento entre eles, com ambientes mais confortáveis. No fundo conduz à criação de empresas mais humanas, que se preocupam em criar espaços acolhedores, "divertidos", "cool offices", com diversas actividades para "mimar" os colaboradores.
A comunicação e o marketing deixam assim de se focar exclusivamente no mercado e nos clientes, para passar a preocupar-se também com o mercado de trabalho e com o talento. É que ninguém tenha dúvidas: são os melhores colaboradores que fazem as melhores empresas.
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A realidade não é nova. Há em Portugal um conjunto de empresas com excesso de procura por parte dos candidatos. A taxa de desemprego que se situa atualmente na ordem dos 10 por cento mantém a pressão por parte de recém-licenciados e profissionais de várias áreas que procuram novas oportunidades. Por outro lado, muitas companhias que oferecem reais oportunidades de carreira sentem dificuldade em encontrar recursos qualificados que preencham as vagas disponíveis. A situação até poderia ser caricata, não fosse ela preocupante. É que muitos dos candidatos disponíveis, não vendo oportunidades em Portugal, acabam por abandonar o país, levando o seu talento para outros mercados.
A questão desperta actualmente nas empresas a necessidade de trabalharem o seu “marketing empregador”. De desenvolverem a imagem de empresa apetecível, onde os colaboradores têm bom ambiente profissional, boas condições remuneratórias e de trabalho e reais oportunidades de carreira. Quando se fala de talento, já não basta ter “vagas de emprego”. É necessário projectar uma imagem positiva para assim convencer os melhores candidatos.
No mercado de trabalho convencional, é um privilégio uma empresa oferecer um emprego. O trabalhador submisso responde ao anúncio que corresponde ao seu perfil, muitas vezes sem saber sequer qual é a empresa que o contrata. As entrevistas decorrem como um processo de selecção natural, em que a empresa assume o papel dominador.
No "mercado de talento" a relação é mais equilibrada. Empregado e empregador têm de apresentar a sua proposta de valor, têm de ser atractivos e iniciar a negociação, que resulta, não na contratação, mas no projecto de colaboração mútuo. E se atentarmos a mercados "aquecidos", como o das tecnologias de informação, a situação inverte-se e já observamos empresas a procurar candidatos com o mesmo procedimento que antes os candidatos procuravam as empresas.
Nasce então o "Employer Branding" como forma de promover a atractividade empregadora. O ambiente humano das empresas, em conjunto com a (r)evolução da relação empregado/trabalhador, conduz à criação de empresas mais preocupadas com a felicidade dos seus colaboradores, que promovem o bom relacionamento entre eles, com ambientes mais confortáveis. No fundo conduz à criação de empresas mais humanas, que se preocupam em criar espaços acolhedores, "divertidos", "cool offices", com diversas actividades para "mimar" os colaboradores.
A comunicação e o marketing deixam assim de se focar exclusivamente no mercado e nos clientes, para passar a preocupar-se também com o mercado de trabalho e com o talento. É que ninguém tenha dúvidas: são os melhores colaboradores que fazem as melhores empresas.