Taxistas acusam motorista da Uber de “atropelamento deliberado”

Uber e PSP desconhecem a situação relatada pela Federação do Táxi. Taxistas ficaram parados no aeroporto de Lisboa em protesto.

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Hugo santos / Arquivo

A Federação Portuguesa do Táxi acusa um motorista da Uber de ter atropelado, na última madrugada, um taxista em Lisboa. Por solidariedade, os taxistas que se encontravam esta sexta-feira no aeroporto ficaram parados, num protesto que terminou às 20h. A Uber diz desconhecer este incidente e o mesmo acontece com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, que disse à Lusa não ter conhecimento da situação relatada pelos taxistas.

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A Federação Portuguesa do Táxi acusa um motorista da Uber de ter atropelado, na última madrugada, um taxista em Lisboa. Por solidariedade, os taxistas que se encontravam esta sexta-feira no aeroporto ficaram parados, num protesto que terminou às 20h. A Uber diz desconhecer este incidente e o mesmo acontece com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, que disse à Lusa não ter conhecimento da situação relatada pelos taxistas.

Segundo um comunicado enviado às redacções, a Federação do Táxi diz que Paulo Jorge Silva Carvalho, profissional do táxi, foi atropelado “deliberadamente” por um “motorista da Uber” junto à praça da Misericórdia, em Lisboa. Na nota acrescenta-se que a vítima “partiu as duas pernas”, tendo sido transportada para o Hospital Amadora-Sintra.

Sem confirmação da PSP, o comunicado diz que o suspeito foi detido em Sintra. No entanto, em declarações ao PÚBLICO, Carlos Ramos, presidente da Federação do Táxi, afirmou ter sido informado que, afinal, o suspeito do atropelamento “se entregou voluntariamente” às autoridades.

A Uber, em resposta ao PÚBLICO, afirma, em nota escrita, que “não tem conhecimento deste incidente”. “Lamentamos e condenamos, como sempre temos feito, qualquer acto de violência independentemente de quem o pratica”, explica ainda a empresa, acrescentando que está “disponível para colaborar com todas as autoridades, de forma a contribuir para a protecção da segurança pública".

Sobre o protesto que ocorreu junto ao aeroporto de Lisboa, Carlos Ramos diz que cerca de “500 carros” estiveram parados no local. A Federação responsabiliza ainda o “Governo por este violento acontecimento que se junta a muitos outros já vividos na capital, mas também no Porto (com pneus de táxis navalhados ou profissionais atingidos na cara com a espuma de extintores dos motoristas Uber)”.