Mais de cinco mil doentes com Hepatite C curados com terapêuticas inovadoras
O Estado comparticipa a 100% os medicamentos que permitem um plano terapêutico a cerca de 13 mil pessoas.
Mais de cinco mil doentes com hepatite C ficaram curados nos últimos anos com as terapêuticas inovadoras para a doença, uma taxa de cura que ultrapassa os 96%, segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
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Mais de cinco mil doentes com hepatite C ficaram curados nos últimos anos com as terapêuticas inovadoras para a doença, uma taxa de cura que ultrapassa os 96%, segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
De acordo com as informações divulgadas no mês passado pelo Infarmed, o preço dos medicamentos inovadores para a hepatite C reduziu para mais de metade em menos de dois anos, um efeito que se deve à concorrência, num momento em que há já 13 mil doentes em tratamento.
Segundo disse na altura o presidente do Infarmed em entrevista à agência Lusa, a concorrência entre três laboratórios trouxe uma diminuição dos preços dos medicamentos para a hepatite C, um redução de "mais de metade" face ao acordo assinado há quase dois anos entre uma das farmacêuticas e o Estado.
O acordo entre o Estado e um dos laboratórios que fornece os fármacos inovadores para a infecção foi formalizado há quase dois anos, mas os dados do Infarmed abrangem também outros doentes tratados por medicamentos fora do âmbito deste acordo.
De acordo com a Autoridade do Medicamento, nos últimos dois anos 5.099 doentes com hepatite C ficaram curados na sequência do tratamento com as terapêuticas inovadoras.
Numa altura em que se assinalam os dois anos do acordo para o tratamento, o Infarmed mantém o plano terapêutico de acesso universal, mas agora com um total de quatro medicamentos, na sequência da aprovação recente da comparticipação de mais duas novas substâncias.
O contrato, assinado por dois anos e que será agora novamente negociado, prevê o pagamento por doente tratado e não por tempo de tratamento ou quantidade de medicamentos. A comparticipação do Estado português nos medicamentos abrangidos é de 100%.
O universo dos doentes potencialmente abrangidos foi logo definido em 13 mil pessoas.