PS diz que Centeno "tem falado a verdade"

Os socialistas defendem a posição do ministro das Finanças dizendo que em momento algum Mário Centeno "se compromete" com António Domingues "acerca da dispensa de entrega de declaração ao Tribunal Constitucional.

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Daniel Rocha

Os socialistas saíram na tarde desta quinta-feira em defesa do ministro das Finanças, Mário Centeno, dizendo que o governante "tem falado à verdade aos portugueses" e que em lado nenhum "se compromete com António Domingues acerca da dispensa da entrega da declaração ao Tribunal Constitucional", disse aos jornalistas do deputado do PS João Paulo Correia.

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Os socialistas saíram na tarde desta quinta-feira em defesa do ministro das Finanças, Mário Centeno, dizendo que o governante "tem falado à verdade aos portugueses" e que em lado nenhum "se compromete com António Domingues acerca da dispensa da entrega da declaração ao Tribunal Constitucional", disse aos jornalistas do deputado do PS João Paulo Correia.

Sobre a questão de haver ou não compromisso para esta entrega das declarações ao Tribunal Constitucional, o deputado, coordenador dos socialistas na comissão de inquérito à gestão da CGD, nega que a correspondência enviada por António Domingues contenha o compromisso de Centeno. "Em momento algum nessa correspondência o senhor ministro das Finança se compromete com António Domingues acerca da dispensa da entrega da declaração ao Tribunal Constitucional. Em momento algum. O senhor ministro da Finanças tem faltado a verdade aos portugueses".

Quando questionado pelos jornalistas sobre as declarações públicas do secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, em que este admitia que o Governo tinha tido a intenção de alterar a lei para que os gestores fossem dispensados de entregar a documentação ao TC, o deputado justificou com a altura em que foram feitas: "Essas declarações foram contextualizadas, foram produzidas há meses [final de Outubro], não são recentes e já foram objecto de réplica por parte do senhor ministro das Finanças e secretário de Estado das vezes que vieram à comissão de inquérito", disse.

Já sobre a nova acusação do CDS de que o ministro "quebrou a verdade" ao responder ao Parlamento dizendo que não existia correspondência sobre as condições que Domingues pediu para ser presidente da CGD, o deputado diz que o CDS "truncou" a resposta, que "não leu" a resposta toda e que se irá perceber na terça-feira, dia em que a comissão de inquérito volta a reunir, por que razão o Ministério das Finanças não entregou os documentos pedidos. "O CDS não leu a totalidade da resposta do sr. ministro ds Finanças – porque razão não disponibilizou a documentação requerida. Não querendo fazer o papel do CDS de truncar a leitura de documentos oficiais, quero dizer-vos que na terça-feira a acusação do CDS é uma montanha que pariu um rato".

"PSD e CDS têm atacado de forma irresponsável e doentia o senhor ministro das finanças", lamentou João Paulo Correia.