CDS fala em nova "quebra de verdade" de Centeno
Os centristas defendem que o ministro das Finanças não tem condições para continuar no cargo porque teve uma "quebra de verdade" dizendo ao Parlamento que "inexistiam" informações que afinal existem. Domingues vai ser chamado à comissão.
O CDS jogou com as palavras para pedir de forma menos directa a saída de Mário Centeno. Os centristas consideram que o ministro faltou à verdade à Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos e defendem, que além das "consequências penais" se não se retratar, devem ser também retiradas "consequências políticas" pelo primeiro-ministro.
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O CDS jogou com as palavras para pedir de forma menos directa a saída de Mário Centeno. Os centristas consideram que o ministro faltou à verdade à Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos e defendem, que além das "consequências penais" se não se retratar, devem ser também retiradas "consequências políticas" pelo primeiro-ministro.
Em causa está um novo caso trazido pelos centristas. O deputado João Almeida lembrou que a comissão de inquérito pediu às Finanças toda a correspondência entre o ministério e António Domingues relativas às condições para que o gestor aceitasse ser presidente da CGD e o gabinete de Mário Centeno respondeu que "inexistem" comunicações com essas características, tal como o PÚBLICO noticiou a semana passada.
"O senhor ministro disse à comissão de inquérito que inexistiam documentos que existem e que a comissão já conhece e já recebeu. Relativamente à quebra de verdade, ela é inequívoca", disse o deputado do CDS.
Os centristas perguntam a Centeno se "quer voltar atrás na resposta que deu ao Parlamento" relembrando que se não o fizer há "consequências penais".
Quanto às consequências políticas, o CDS diz que elas são da responsabilidade do primeiro-ministro, mas que é evidente até para quem não é deputado que têm de haver consequências políticas.
Entretanto, o CDS vai querer ouvir António Domingues na comissão de inquérito.