Falta ainda muito caminho
As estatísticas do desemprego agora publicadas mostram a continuação da recuperação do emprego em Portugal durante 2016, embora com um ligeiro decréscimo no quarto trimestre de 2016. Esta recuperação do emprego acompanha o ligeiro crescimento económico do ano passado, sobretudo fruto do crescimento do consumo privado, o que pode indicar que o emprego criado tenha sido sobretudo no sector de serviços, mais reactivos ao consumo e mais dependentes da força de trabalho na sua resposta à evolução do mercado. De facto, se a ligeira queda do emprego no 4º trimestre não surpreende, pois acompanha o que tem acontecido nos últimos trimestres, é notório que esta sazonalidade do emprego afecta sobretudo as regiões mais dependentes de serviços, como o turismo. A Área Metropolitana de Lisboa e, sobretudo, o Algarve são as únicas zonas onde o desemprego cresce neste trimestre.
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As estatísticas do desemprego agora publicadas mostram a continuação da recuperação do emprego em Portugal durante 2016, embora com um ligeiro decréscimo no quarto trimestre de 2016. Esta recuperação do emprego acompanha o ligeiro crescimento económico do ano passado, sobretudo fruto do crescimento do consumo privado, o que pode indicar que o emprego criado tenha sido sobretudo no sector de serviços, mais reactivos ao consumo e mais dependentes da força de trabalho na sua resposta à evolução do mercado. De facto, se a ligeira queda do emprego no 4º trimestre não surpreende, pois acompanha o que tem acontecido nos últimos trimestres, é notório que esta sazonalidade do emprego afecta sobretudo as regiões mais dependentes de serviços, como o turismo. A Área Metropolitana de Lisboa e, sobretudo, o Algarve são as únicas zonas onde o desemprego cresce neste trimestre.
Sem uma recuperação robusta do investimento, este crescimento do emprego revelar-se-á demasiado frágil no futuro, como é sublinhado pela continuada diminuição da população activa durante 2016. Com uma força de trabalho disponível em contínuo recuo, acompanhada por níveis de investimento insuficientes para manter a capacidade produtiva disponível, a recuperação económica e do emprego parecem muito limitadas no futuro. O relançamento do emprego continua urgente já que, não obstante o seu recente crescimento, encontramo-nos ainda muito abaixo do nível existente no início de 2011 (menos 131 mil postos de trabalho).