Alejandro Aravena e Carrilho da Graça projectam novos edifícios para a EDP
Sede da empresa em Lisboa vai ser completada pelo prémio Pritzker 2016. O arquitecto português vai desenhar um hotel.
O convite era já conhecido desde meados do ano passado: o arquitecto chileno Alejandro Aravena, prémio Pritzker 2016 – e que nessa altura presidia à Bienal de Arquitectura de Veneza –, foi convidado a projectar o edifício que irá completar a sede da EDP, em Lisboa. Também o português Carrilho da Graça irá desenhar um hotel, associado às novas instalações da empresa, e que implicará a transformação do velho edifício de escritórios também propriedade da EDP, do outro lado da Rua D. Luís I.
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O convite era já conhecido desde meados do ano passado: o arquitecto chileno Alejandro Aravena, prémio Pritzker 2016 – e que nessa altura presidia à Bienal de Arquitectura de Veneza –, foi convidado a projectar o edifício que irá completar a sede da EDP, em Lisboa. Também o português Carrilho da Graça irá desenhar um hotel, associado às novas instalações da empresa, e que implicará a transformação do velho edifício de escritórios também propriedade da EDP, do outro lado da Rua D. Luís I.
O convite a Carrilho da Graça foi formalizado no final do ano passado, e o arquitecto era já também o autor do plano urbanístico e de pormenor da zona da Boavista Nascente, entre Santos e o Cais do Sodré, onde recentemente foi inaugurada a nova sede da EDP, de autoria do atelier Aires Mateus.
Mas se o edifício de Aravena “deverá ficar pronto em 2020”, como o presidente da EDP, António Mexia, avançou na semana passada ao Diário de Notícias, o calendário para a construção do hotel não está ainda estabelecido, disse esta quarta-feira ao PÚBLICO Carrilho da Graça.
O projecto do arquitecto chileno vai implicar, como já estava previsto aquando da construção da nova sede, a demolição do velho edifício nas suas traseiras, e que actualmente afecta a vista do conjunto e a sua relação com o rio Tejo, a partir do miradouro de Santa Catarina.
Manuel Aires Mateus, um dos autores da sede, considera “excelente” a escolha de Aravena – de quem é amigo, e por quem foi convidado a apresentar um trabalho na última Bienal de Veneza – para projectar o novo bloco no quarteirão delimitado pela Av. 24 de Julho e pela Rua D. Luís I.
Também Carrilho da Graça vê na arquitectura do chileno uma boa opção. “Gosto da arquitectura dele, e gosto de ver a EDP convidar pessoas interessantes no panorama internacional”, acrescenta o autor do plano de urbanização da zona. Quanto ao hotel, diz que “o projecto está ainda a arrancar”, mas que as obras devem começar este ano.
A decisão da EDP de convidar Alejandro Aravena surgiu pouco tempo depois de o arquitecto chileno, especialmente conhecido pelos seus projectos revolucionários de habitação social, ter sido distinguido com o Pritzker no início do ano passado, e quando já tinha também a responsabilidade pela direcção da prestigiada bienal italiana.
Não nos foi possível (até à publicação deste artigo) saber junto da EDP mais informação sobre os calendários, orçamentos e desenvolvimentos dos dois projectos.