Decreto anti-imigração de Trump? Tribunal promete decisão em breve

Juízes questionaram os limites constitucionais do poder do Presidente e as provas que ligam os cidadãos dos países em causa ao terrorismo.

Foto
Reuters/JONATHAN ERNST

O tribunal de recurso de São Francisco ouviu na terça-feira os argumentos a favor e contra o decreto anti-imigração assinado por Donald Trump, prometendo uma decisão o mais rapidamente possível.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O tribunal de recurso de São Francisco ouviu na terça-feira os argumentos a favor e contra o decreto anti-imigração assinado por Donald Trump, prometendo uma decisão o mais rapidamente possível.

Três juízes federais ouviram a argumentação dos advogados do Departamento de Justiça e dos procuradores de Washington e Minnesota, os dois estados que contestaram a medida do Presidente que barrou a entrada de refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Centram-se sobretudo em duas questões: nos limites constitucionais do poder do Presidente e nas provas que ligam os cidadãos dos países maioritariamente muçulmanos abrangidos pelo decreto - Líbia, Irão, Iraque, Iémen, Somália, Síria e Sudão - ao terrorismo. Também perguntaram se a medida podia ser considerada anti-muçulmana.

Daqui sairá a decisão de repor as restrições impostas pelo decreto do Presidente ou de manter a suspensão das medidas anti-imigração ordenada por um tribunal de primeira instância de Seattle.

Qualquer que seja a decisão, ambas as partes poderão ainda recorrer ao Supremo Tribunal.