Cuidados continuados de saúde mental vão ter 366 vagas
Protocolos com 17 instituições arrancam no dia 1 de Março.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados vai contar, a partir de 1 de Março, com 366 vagas destinadas em exclusivo ao tratamento e integração de pessoas com doença mental.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados vai contar, a partir de 1 de Março, com 366 vagas destinadas em exclusivo ao tratamento e integração de pessoas com doença mental.
A informação consta de um despacho conjunto dos ministérios das Finanças, Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e Saúde, publicado nesta segunda-feira em Diário da República.
De acordo com o despacho, a expansão da rede de cuidados continuados era uma prioridade no programa do Governo para a área da saúde, reconhecendo-se a “efectiva carência de resposta” na saúde mental. A ideia é ir colmatando as falhas através de projectos-piloto. Os estabelecimentos que vão integrar os projectos-piloto obedecem a alguns critérios, como a experiência passada nos cuidados a pessoas com doença mental e a “existência de parcerias na comunidade, que respondam às necessidades de reabilitação psicossocial do perfil de utente”.
No total são 366 as vagas nesta fase inicial, estando o financiamento assegurado até ao final de 2018. Os protocolos abrangem um total de 17 instituições, desde misericórdias a Instituições Particulares de Solidariedade Social. As vagas correspondem tanto a residências ou vários graus de apoio como a apoio ao domicílio.
O coordenador da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Manuel Lopes, aquando do anúncio do lançamento destes projectos – que vêm com mais de meio ano de atraso em relação às previsões do Governo –, explicou que as unidades que integram o projecto devem “levar os cuidados o mais possível a casa das pessoas”. A ideia não é institucionalizar os doentes mentais, mas sim encontrar respostas de proximidade. A referenciação das pessoas para estas unidades será feita pelos profissionais de saúde que as acompanham nos hospitais ou nos cuidados de saúde primários.