Exposição de Almada Negreiros recebeu 4586 visitantes em três dias

José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno abriu ao público na sexta-feira.

Foto
As filas este domingo na Gulbenkian MIGUEL MANSO

A exposição José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno, que abriu ao público na sexta-feira, recebeu 4586 visitantes em três dias, avançou à agência Lusa a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A exposição José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno, que abriu ao público na sexta-feira, recebeu 4586 visitantes em três dias, avançou à agência Lusa a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Durante o fim-de-semana, os visitantes fizeram filas no interior das instalações da sede da Gulbenkian, esperando entre uma e duas horas para entrar, como testemunhou a reportagem do PÚBLICO. O mesmo fenómeno se verificou junto ao Museu do Chiado, onde a espera para ver Amadeo de Souza-Cardoso, Porto-Lisboa, 2016-1916 também foi prolongada, sobretudo no domingo.

José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno apresenta cerca de 400 trabalhos, muitos deles inéditos, e acontece cerca de um quarto de século depois da última grande mostra dedicada ao artista do modernismo português.

Almada Negreiros (1893-1970) deixou uma vasta obra que inclui pintura, desenho, teatro, dança, romance, conto, ensaio, poesia, narrativa gráfica, pintura mural e artes gráficas, e cuja produção se estendeu ao longo de mais de meio século.

A exposição tem curadoria da historiadora de arte e investigadora Mariana Pinto dos Santos, com Ana Vasconcelos, conservadora do Museu Calouste Gulbenkian, e é acompanhada de um programa educativo e cultural que se alarga a outras instituições, como a Cinemateca Portuguesa, e se estende até 5 de Junho.

Organizada em oito núcleos temáticos, a exposição põe em relevo as pesquisas matemáticas e geométricas de Almada em pintura, as obras em espaço público, na cidade de Lisboa, o carácter de narrativa gráfica que se encontra em vários dos seus trabalhos, o diálogo com o cinema e a importância do autorretrato na sua obra, entre muitos outros aspectos.