Tudo menos curgetes
Ana Rute Silva do PÚBLICO foi saber porque é que as curgetes custam cinco euros o quilo e Domingos dos Santos explicou muito bem que a curgete, como o chuchu e a beringela são semitropicais e “o nosso clima nem sempre permite essas culturas”.
Não é pera doce pagar cinco euros por um quilo de curgetes. As curgetes valem, quando muito, 90 cêntimos por quilo. Em Portugal servem para substituir a batata em sopas que só por isso são promovidas a dietéticas, por muitas calorias que contenham.
Um mestre como Tomoaki Kanazawa (Kanazawa.pt) é capaz de estufar uma curgete até parecer um dos frutos dos deuses mas, para a maioria das cozinhas portuguesas, é uma questão de cozedura e posterior obliteração com a varinha mágica.
No nosso Inverno, dizia-se num dos comentários, valem os “produtos autóctones da época como couve, nabos e grelos”. E Anjo Caído acrescentou “Isso mesmo. Um bom prato de couves com feijões e muito nabo é uma delícia e até aquece a alma”. Muito nabo é a sinal de sabedoria. E, como lembra, Domingos dos Santos, "pouca cenoura".
A culpa não é “do mau tempo”. O tempo até tem estado bom...para os legumes que são os nossos. Foi no Verão português que as curgetes atingiram a modesta glória que é a delas – se é que alguém reparou na altura.
Ganhemos juízo e deixemos de cultivar curgetes e outras aberrações em estufa, de sabor nenhum e custo milionário. Venham mas é mais variedades de couves, grelos e outras hortaliças deliciosamente inverniças, saborosas – e mais baratuchas.
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Ana Rute Silva do PÚBLICO foi saber porque é que as curgetes custam cinco euros o quilo e Domingos dos Santos explicou muito bem que a curgete, como o chuchu e a beringela são semitropicais e “o nosso clima nem sempre permite essas culturas”.
Não é pera doce pagar cinco euros por um quilo de curgetes. As curgetes valem, quando muito, 90 cêntimos por quilo. Em Portugal servem para substituir a batata em sopas que só por isso são promovidas a dietéticas, por muitas calorias que contenham.
Um mestre como Tomoaki Kanazawa (Kanazawa.pt) é capaz de estufar uma curgete até parecer um dos frutos dos deuses mas, para a maioria das cozinhas portuguesas, é uma questão de cozedura e posterior obliteração com a varinha mágica.
No nosso Inverno, dizia-se num dos comentários, valem os “produtos autóctones da época como couve, nabos e grelos”. E Anjo Caído acrescentou “Isso mesmo. Um bom prato de couves com feijões e muito nabo é uma delícia e até aquece a alma”. Muito nabo é a sinal de sabedoria. E, como lembra, Domingos dos Santos, "pouca cenoura".
A culpa não é “do mau tempo”. O tempo até tem estado bom...para os legumes que são os nossos. Foi no Verão português que as curgetes atingiram a modesta glória que é a delas – se é que alguém reparou na altura.
Ganhemos juízo e deixemos de cultivar curgetes e outras aberrações em estufa, de sabor nenhum e custo milionário. Venham mas é mais variedades de couves, grelos e outras hortaliças deliciosamente inverniças, saborosas – e mais baratuchas.