Trump "respeita" o "assassino" Putin: "Acha que o nosso país é inocente?"

Numa entrevista à cadeia norte-americana Fox, o Presidente dos EUA reitera a disponibilidade para trabalhar com homólogo russo.

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LUSA/MICHAEL REYNOLDS

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu Vladimir Putin quando questionado na Fox News sobre as suspeitas de que o Estado russo mandou matar pessoas.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu Vladimir Putin quando questionado na Fox News sobre as suspeitas de que o Estado russo mandou matar pessoas.

Numa entrevista ao conhecido apresentador Bill O'Reilley, Trump disse que não sabe se vai dar-se bem com o seu homólogo russo, mas insistiu que está totalmente disponível para trabalhar com ele. Os dois líderes falaram há dias ao telefone e, agora, Trump volta a insistir na necessidade de se entender com o Presidente russo nas questões importantes.

"[Putin] é o líder do seu país. Diria que seria melhor entendermo-nos com a Rússia e se a Rússia quiser ajudar-nos na luta contra o Daesh, que é uma luta tremenda, e o terrorismo islâmico em todo o mundo, isso será bom", salientou o Presidente dos Estados Unidos, que no dia 27 de Janeiro assinou um decreto que proíbe, por um período de três meses, a entrada no país de cidadãos de sete países muçulmanos. A sua aplicação foi entretanto suspendsa por um juiz federal.

À pergunta "vai dar-se bem com Putin", Trump disse não saber. "Respeito Putin. Respeito muitas pessoas, mas isso não significa que me dê bem com elas. Se me vou dar bem com ele? Não sei, não faço ideia. Até é provável que não", respondeu, sendo interrompido por O'Reilly: "No entanto, Putin é um assassino". "Há muitos assassinos por aí", retorquiu Trump. "Temos muitos assassinos. Acha que o nosso país é assim tão inocente?", acrescentou o Presidente dos EUA.

A entrevista será emitida neste domingo, antes da Super Bowl, a final do campeonato profissional de futebol americano, cuja transmissão televisiva regista sempre das maiores audiências nos EUA.

Trump aceita que piratas informáticos russos poderão ter atacado a sua adversária nas presidenciais, a democrata Hillary Clinton, mas segundo o jornal The Guardian, o vencedor das eleições, que tomou posse a 20 de Janeiro, recusa a ideia de que não teria chegado à Casa Branca sem essa "ajudinha".

Trump afirmou, segundo a Fox, que está disposto a trabalhar com a Ucrânia e a Rússia com o objectivo de encontrar uma solução para as disputas territoriais no Leste da Ucrânia e a reivindicação separatista na Crimeia. Isto depois de ter falado ao telefone com o seu homólogo ucraniano, e de se ter reacendido esta semana o conflito entre tropas de Kiev e separatistas no Leste da Ucrânia. Numa semana morreram 34 pessoas e a vida de civis está em risco, alerta a ONU.