Os misteriosos cartazes contra o Papa já foram tapados em Roma

Um padre jesuíta próximo do Papa defendeu que os cartazes eram um sinal de que Francisco estava a fazer um bom trabalho e, por isso, a irritar muita gente.

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As autoridades consideraram que os cartazes foram afixados ilegalmente Reuters/MAX ROSSI

O mistério não está totalmente resolvido, mas os cartazes já estão tapados. Na noite de sexta para sábado, em Roma, um grupo ainda não identificado espalhou cartazes nos quais acusam o Papa Francisco de atacar os católicos conservadores. Como foram espalhados sem autorização, as autoridades municipais já os taparam e, agora, a mensagem é outra: “publicidade ilegal”.

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O mistério não está totalmente resolvido, mas os cartazes já estão tapados. Na noite de sexta para sábado, em Roma, um grupo ainda não identificado espalhou cartazes nos quais acusam o Papa Francisco de atacar os católicos conservadores. Como foram espalhados sem autorização, as autoridades municipais já os taparam e, agora, a mensagem é outra: “publicidade ilegal”.

O Vaticano não comentou, relata ainda a agência Reuters. Nos cartazes agora tapados, lia-se uma mensagem dirigida ao Papa Francisco: “Onde está a tua misericórdia?”. Os misteriosos activistas acusam Francisco de acções contra os conservadores, incluindo aquilo a que chamam “a decapitação dos Cavaleiros de Malta”.

Trata-se de uma referência a uma ordem católica antiga de cavaleiros que é agora uma instituição de caridade, em vários países do mundo. O grão-mestre desta ordem apresentou, na passada semana, a sua demissão ao Papa (uma demissão forçada, aliás, de forma inédita por Francisco), depois de dois meses de um braço de ferro. A contenda opõe o Papa, conhecido pelo seu empenho numa maior abertura pastoral, e os sectores mais conservadores da Igreja.

Os cartazes apareceram horas antes de o Vaticano anunciar o nome do "delegado pontifício" que vai substituir, até haver eleições, o demissionário grão-mestre da Ordem Soberana e Militar de Malta, o cardeal norte-americano Raymond Leo Burke (que se assumiu como a principal voz da ortodoxia na hierarquia católica e é um crítico frequente do Papa Francisco).

Apesar da polémica, o padre Antonio Spadaro, um jesuíta próximo do Papa, defendeu, através do Twitter, que aqueles cartazes eram um sinal de que Francisco estava a fazer um bom trabalho e, por isso, a irritar muita gente.