Caixa vai ter três mulheres e dois estrangeiros como não executivos
Maria dos Anjos Capote e Ana Maria Fernandes vão integrar administração do banco público como gestoras não executivas. José Azevedo Rodrigues e João Amaral Thomaz também estão numa equipa com oito elementos no total, liderada por Rui Vilar.
O novo Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) presidido por Rui Vilar terá pelo menos oito elementos não executivos, sendo que dois são estrangeiros e três são mulheres. Maria dos Anjos Capote, Ana Maria Fernandes e uma gestora espanhola, vão juntar-se a Maria João Carioca que integra a equipa executiva liderada por Paulo Macedo.
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O novo Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) presidido por Rui Vilar terá pelo menos oito elementos não executivos, sendo que dois são estrangeiros e três são mulheres. Maria dos Anjos Capote, Ana Maria Fernandes e uma gestora espanhola, vão juntar-se a Maria João Carioca que integra a equipa executiva liderada por Paulo Macedo.
Para além de Rui Vilar, o Banco Central Europeu já aprovou os nomes de Maria dos Anjos Capote, recrutada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de Ana Maria Fernandes, que trabalhava na EDP Brasil, de José Azevedo Rodrigues, bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (ROC), e de João Amaral Thomaz, ex-administrador do Banco de Portugal (BdP) e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do primeiro Governo de José Sócrates. A este grupo de não executivos deverão juntar-se mais três gestores, ainda em avaliação pela supervisão de Frankfurt: o do jurista Alberto Souto, reformado do Banco Europeu de Investimento, e dois estrangeiros, sendo que um, tudo indica, é mulher e de nacionalidade espanhola.
Desde a renúncia de António Domingues, que a 31 de Dezembro saiu da CGD, que Rui Vilar, (ex-presidente da CGD entre 1989 e 1995) tem estado a liderar o processo da mudança de gestão que culminou, esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, com a entrada de Paulo Macedo. O ex-director-geral dos Impostos, entre 2004 e 2007, e ex-ministro da Saúde do Governo de Pedro Passos Coelho, terá responsabilidades específicas na secretaria-geral, na governação corporativa, na auditoria interna e nos assuntos jurídicos. Macedo chegou a integrar a polémica administração da CGD chefiada por Carlos Santos Ferreira.
Na equipa de gestores executivos vai estar Carlos Albuquerque, que terá o pelouro da supervisão e de reporte ao Banco Central Europeu (BCE). Tal como Macedo, Albuquerque passou pelo BCP onde chefiou, até 2014, o departamento de “compliance”, altura em que transitou para o Banco de Portugal, para encabeçar o departamento de supervisão prudencial do sector financeiro. O seu substituto no supervisor é Luís Costa Ferreira, que estava na PWC, e que já desempenhara no passado as mesmas funções no BdP. O Banco de Portugal já veio esclarecer que antes de assumir as funções na Caixa, Albuquerque terá um período de interregno, durante o qual "desempenhará funções, em regime de destacamento, num projecto externo de solidariedade social ligado ao tema do sobre-endividamento”.
Para além de Paulo Macedo e de Carlos Albuquerque, a comissão executiva conta com mais seis nomes: Tudela Martins (que pertencia à equipa de António Domingues); José João Guilherme, ex-administrador do Novo Banco e do BCP, onde lançou a operação polaca; Maria João Carioca, que já esteve na gestão da CGD com José de Matos; Francisco Cary, ex-BESI e ex-Novo Banco; Nuno Martins, ex-Barclays e ex-Citigroup, e até agora adjunto de Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro e Finanças; e José Brito, o único que foi recrutado ao banco público, onde era director central. Com a entrada na administração de pelo menos quatro mulheres (três não executivas e uma executiva) cumpre-se a quota definida pelo BCE e pelo BdP de ter um número mínimo de 30% de mulheres nos órgãos sociais, até 2018.