VOR em Lisboa, um contributo para a "dinamização económica" da cidade
Estaleiro da prova, instalado na Doca de Pedrouços, já trabalha com vista ao arranque da 13.ª edição da competição.
A cerca de nove meses do início da edição 2017-18 da Volvo Ocean Race (VOR), os efeitos da subida de escalão de Lisboa no grau de importância da prova já são palpáveis. Depois de ter sido, em 2012 e 2014, uma das escalas da regata oceânica mais dura do mundo, a capital portuguesa assume na 13.ª edição da competição um papel fulcral. Para além de acolher o final da primeira etapa, que arrancará a 23 de Outubro em Alicante, Lisboa passou a ser a base permanente do boatyard (estaleiro) da VOR, onde os oito veleiros que vão fazer a regata de circum-navegação serão totalmente remodelados, o que, segundo Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “contribui significativamente para a dinamização da base económica da cidade”.
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A cerca de nove meses do início da edição 2017-18 da Volvo Ocean Race (VOR), os efeitos da subida de escalão de Lisboa no grau de importância da prova já são palpáveis. Depois de ter sido, em 2012 e 2014, uma das escalas da regata oceânica mais dura do mundo, a capital portuguesa assume na 13.ª edição da competição um papel fulcral. Para além de acolher o final da primeira etapa, que arrancará a 23 de Outubro em Alicante, Lisboa passou a ser a base permanente do boatyard (estaleiro) da VOR, onde os oito veleiros que vão fazer a regata de circum-navegação serão totalmente remodelados, o que, segundo Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “contribui significativamente para a dinamização da base económica da cidade”.
Para já, a VOR 2017-18 tem três equipas confirmadas (Dongfeng, AzkoNobel e Mapfre) e dois dos Volvo Ocean 65 já estão prontos a rasgar as águas do rio Tejo após sofrerem um refit (remodelação) no boatyard, instalado nos antigos armazéns da Docapesca, na Doca de Pedrouços, agora transformados num estaleiro topo de gama. Numa operação de 15 semanas de trabalho, os veleiros de 20 metros e nove toneladas são totalmente desmontados e reequipados por cerca de 35 a 50 mecânicos e Rodrigo Moreira Rato, responsável pela comunicação da VOR Lisboa, explica ao PÚBLICO que “o refit de cada barco vale cerca de um milhão de euros". "No próximo ciclo, está previsto que o investimento atinja os 50 milhões de euros e que o valor de incorporação de trabalhadores portugueses seja de 50%”.
Entre Outubro de 2016 e Junho de 2017, o primeiro ciclo da fixação do boatyard em Lisboa, “o impacto directo na economia será, em números muito conservadores, de um milhão e meio de euros”, mas Rodrigo Moreira Rato realça que as valências para a capital portuguesa não se vão restringir aos proveitos económicos: “Fomos contactados pela associação de estudantes do Instituto Superior Técnico, e neste mês de Fevereiro, os alunos de Engenharia Naval vão fazer uma primeira visita ao boatyard. Está a ser estudada a possibilidade de ser estabelecido um protocolo para a realização de estágios por parte dos estudantes. Isto representa uma alavancagem muito grande para estas áreas.”
A importância da instalação do estaleiro na Doca de Pedrouços é também enaltecida por Fernando Medina. O presidente da Câmara de Lisboa recorda, em declarações ao PÚBLICO, “o êxito na última edição da regata, com a etapa lisboeta a ter registado 210.000 visitantes” e sublinha a vontade de “continuar a acolher a Volvo Ocean Race”, que é “considerada a competição rainha dos veleiros de alta performance e um dos três maiores eventos náuticos internacionais”. Lembrando que Lisboa, “uma cidade de vocação marítima por excelência”, será “base de treinos e manutenção das embarcações”, Medina considera que “esse facto é importante pois representa mais um factor que contribui significativamente para a dinamização da base económica da cidade”.