Portugal a meio da tabela na taxa de abortos
Com base em dados da Organização Mundial de Saúde de Julho de 2016, a Health Consumer Powerhouse (HCP) analisou em que países o recurso ao aborto é mais ou menos frequente. Portugal aparece a meio da tabela, com menos de 200 interrupções voluntárias de gravidez (IVG) por cada mil nados-vivos.
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Com base em dados da Organização Mundial de Saúde de Julho de 2016, a Health Consumer Powerhouse (HCP) analisou em que países o recurso ao aborto é mais ou menos frequente. Portugal aparece a meio da tabela, com menos de 200 interrupções voluntárias de gravidez (IVG) por cada mil nados-vivos.
Portugal está, por isso, assinalado a "verde" no relatório desta organização de origem sueca, que é divulgado nesta segunda-feira. A HCP utiliza uma escala de cores, de vermelho a verde, para assinalar os pontos fracos e fortes de cada sistema nacional de saúde em 35 países.
À cabeça surgem a Bulgária, a Roménia, a Estónia e a Hungria, seguidas da Suécia, com mais de 300 IVG por mil nados-vivos, uma situação que os responsáveis da HCP lamentam. Do lado oposto, aparecem a Croácia, a Suiça, a Eslováquia, a Alemanha e a Holanda.
A análise deste indicador é complexa, porque há vários países onde a IVG não é permitida a pedido da mulher (ao contrário do que acontece em Portugal, onde esta prática está despenalizada até às 10 semanas de gravidez). É o caso do Chipre, da Irlanda, de Malta e da Polónia. Também é impossível obter dados fiáveis da Áustria, uma vez que as mulheres não interrompem voluntariamente a gravidez nos hospitais púbicos, e do Luxemburgo, porque estas vão muitas vezes abortar noutros países.