PSD vê oportunidade na apreciação parlamentar da municipalização da Carris

O vereador social-democrata António Proa considera que "não ficou demonstrado que a Câmara de Lisboa pudesse comportar os riscos do acréscimo de responsabilidades financeiras" que a medida comporta.

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António Proa, vereador social-democrata, ainda não sabe como o PS vai votar jsm jose sarmento matos

O vereador do PSD na Câmara de Lisboa António Prôa defendeu este domingo que a apreciação parlamentar da transferência da Carris para a autarquia da capital é uma oportunidade para ser encontrada "uma solução melhor".

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O vereador do PSD na Câmara de Lisboa António Prôa defendeu este domingo que a apreciação parlamentar da transferência da Carris para a autarquia da capital é uma oportunidade para ser encontrada "uma solução melhor".

"Espero que esta seja uma oportunidade para que seja encontrada uma solução melhor para a Carris, porque esta não garante que o serviço que presta seja salvaguardado nem os riscos financeiros para o município", afirmou à Lusa António Prôa.

O vereador social-democrata desconhece como o PSD votará a apreciação parlamentar suscitada pelo PCP, que é hoje noticiada pelo PÚBLICO, sublinhando que é ainda desconhecido em que sentido a reapreciação do diploma irá, podendo ser para a cessação de vigência ou para alteração do diploma.

O PCP, através do deputado Bruno Dias, anunciou no dia 18 de Janeiro na Assembleia da República, durante um debate de urgência sobre transportes, que iria suscitar a apreciação parlamentar do diploma que transferiu a Carris para a Câmara de Lisboa.

Para o vereador do PSD António Prôa, "não ficou demonstrado que a Câmara de Lisboa pudesse comportar os riscos do acréscimo de responsabilidades financeiras" que a medida comporta.

"Tenho esperança de que se possa apresentar uma solução mais responsável que contrarie esta pressa eleitoralista que influenciou muito esta solução", afirmou o vereador, que acusa o autarca da capital, Fernando Medina (PS), de "alguma arrogância" neste processo, em que não houve, diz, "diálogo com a oposição".

António Prôa considera que transferir a Carris para a esfera da autarquia é uma decisão "muito pesada" não só do ponto de vista financeiro, mas de organização, e insiste que não foi demonstrado que os riscos da medida estivessem controlados.