Director-geral da Saúde não quer que auditores vistam roupa informal ou usem calão
É uma espécie de código de conduta, assinado por Francisco George. Auditores devem abster-se de colocar questões pessoais aos auditados. E "nunca utilizar linguagem popular ou calão".
Os colaboradores da Direcção-Geral da Saúde (DGS) que fazem auditorias de qualidade e segurança em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passaram a ter uma espécie de código de conduta: devem ser pontuais, usar vestuário formal e estão proibidos de utilizar linguagem popular ou calão.
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Os colaboradores da Direcção-Geral da Saúde (DGS) que fazem auditorias de qualidade e segurança em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passaram a ter uma espécie de código de conduta: devem ser pontuais, usar vestuário formal e estão proibidos de utilizar linguagem popular ou calão.
O resumo com as “principais atitudes comportamentais “ a observar pelos colaboradores (internos e externos e ainda os peritos técnicos) nas auditorias conduzidas pelo Departamento de Qualidade na Saúde da DGS surge numa recente orientação sobre a preparação e condução destes procedimentos, assinada pelo director-geral da Saúde, Francisco George.
Começando por frisar que os auditores têm de se reger por "princípios éticos e regras de actuação bem definidas", o director-geral vai explicando na extensa orientação como se preparam, planeiam e executam as auditorias aos serviços do SNS, para, na parte final da orientação, sistematizar os princípios a observar pelos funcionários durante o seu trabalho.
No capítulo sobre "as atitudes e comportamentos dos auditores" estipula-se que, além de se apresentarem "à hora indicada", devem usar vestuário que "transmita a formalidade quer do acto da auditoria, quer como representante da DGS" e abster-se de colocar questões pessoais aos auditados. Mais: "nunca devem utilizar linguagem popular ou calão", nem adoptar atitudes “agressivas, rígidas ou inspectivas”. São ainda aconselhados a colocar as questões “de maneira pausada e clara, com respeito e amabilidade”.
Os procedimentos gerais definidos nesta orientação devem ser cumpridos por todos os auditores, internos e externos, frisa o director-geral, que, na orientação, explica que decidiu divulgar as práticas recomendadas junto das Comissões de Qualidade e Segurança e dos auditores dos serviços do SNS que actuam no âmbito da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde.