"Os telefones mais bonitos que usei na vida". A vida de Trump na nova casa

Donald Trump estaria apreensivo com a mudança da sua Trump Tower para a Casa Branca, mas já se deixou impressionar com alguns pormenores da nova residência. Principalmente, pelos telefones.

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Trump anda feliz na Casa Branca EPA/Chip Somodevilla

Donald Trump deixou a dourada e extravagante Trump Tower há cinco dias para se mudar para a Casa Branca e, a partir daí, liderar os destinos dos EUA. Apreensivo no início, o novo Presidente dos EUA acabou por ficar, afinal de contas, impressionado com alguns dos pormenores da nova residência.

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Donald Trump deixou a dourada e extravagante Trump Tower há cinco dias para se mudar para a Casa Branca e, a partir daí, liderar os destinos dos EUA. Apreensivo no início, o novo Presidente dos EUA acabou por ficar, afinal de contas, impressionado com alguns dos pormenores da nova residência.

O New York Times foi saber como foram os primeiros dias de Trump na nova casa. Os conselheiros do magnata dizem ao jornal que o novo Presidente estava apreensivo com a mudança, tal como qualquer pessoa que troca de lar. Mas houve logo uma coisa que o deixou maravilhado: os telefones. “Estes são os telefones mais bonitos que eu alguma vez usei na vida”, contou Trump ao New York Times. “O sistema mais seguro do mundo”, explicou.

O quotidiano enquanto empresário não foi muito alterado agora que é Presidente. Levanta-se antes das seis da manhã, vê televisão, primeiro no quarto, e depois na sala de jantar, e passa os olhos aos jornais do dia. As reuniões começam às nove seguindo-se a assinatura dos decretos presidenciais na Sala Oval.

Apesar de estar habituado a viver no mesmo local onde trabalha, Trump admitiu também aos seus assessores estar impressionado com a distância que tem de percorrer para se dirigir a uma divisão distante do edifício. Isto para além de passar alguns momentos simplesmente a olhar para a Sala Oval, comportamento comum com a maioria das pessoas que lá entram: “Tenho pessoas a entrar [na Sala Oval], elas entram e apenas querem ficar a olhar por um longo período de tempo”, revela Trump.

No fundo, Donald Trump admite ao jornal americano que está a gostar destes primeiros tempos na Casa Branca, apesar de algumas polémicas tais como a guerra com a comunicação social sobre o verdadeiro número de pessoas que se deslocaram à sua tomada de posse.

A cozinha também já se preparou ao gosto do republicano, nomeadamente com os petiscos, ou snacks, que costuma ter guardados no seu avião particular.

Outro dos focos do novo Presidente é a arte espalhada pelos corredores da residência. Segundo o New York Times, Trump passou parte desta terça-feira a analisar as peças da Casa Branca. Uma das que chamou a sua atenção foi o retrato do antigo Presidente Andrew Jackson, que Trump já pediu para pendurar na Sala Oval. Jackson, que liderou os EUA entre 1829 a 1837, foi uma inspiração para Trump, dizem os assessores do actual Presidente. É também considerado “o primeiro Presidente populista” e foi o responsável pela controversa política conhecida como “Indian Removal”, que consistia em retirar os índios para fora dos limites dos Estados americanos existentes na altura. Ao todo foram recolocados, calcula-se, mais de 45 mil índios durante a administração Jackson.

Ainda a tentar arranjar tempo para se concentrar na decoração, Donald Trump diz, no entanto, que a Casa Branca é “uma residência linda, muito elegante”. O peso histórico do edifício é também realçado pelo Presidente norte-americano: “Há alguma coisa de especial quando se sabe que Abraham Lincoln dormiu aqui”, afirmou. “O Quarto Lincoln, sabe, foi o escritório dele, e a suite onde eu estou foi onde ele dormiu”, afirmou Trump referindo-se ao quarto principal da Casa Branca ocupado agora por si. “Saber isto tudo é diferente do que apenas pura elegância e tamanho do quarto”, admite. “Há muita história” na nova casa de Donald Trump.