Autarcas querem reabertura da Base Aérea de Tancos para substituir o Montijo

Comunidade intermunicipal do Médio Tejo aponta 10 razões para uma “opção natural”.

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Base Aérea do Montijo pode vir a ser complemento do aeroporto da Portela Nuno Ferreira Santos

As onze câmaras municipais do Médio Tejo defendem a reabertura da Base Aérea de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, considerando que será o melhor local para acolher diversas operações que deixarão de ter lugar na Base do Montijo, com o seu provável aproveitamento como pista complementar do Aeroporto de Lisboa. Os autarcas do Norte ribatejano aprovaram, esta semana, por unanimidade, um documento que sustenta que o Polígono Militar de Tancos é, por várias razões, a “opção natural” para sediar as aeronaves de transporte C-130 e C-295, quando saírem do Montijo, e para um conjunto alargado de actividades da Força Aérea, incluindo uma futura participação no combate aos fogos florestais.

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As onze câmaras municipais do Médio Tejo defendem a reabertura da Base Aérea de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, considerando que será o melhor local para acolher diversas operações que deixarão de ter lugar na Base do Montijo, com o seu provável aproveitamento como pista complementar do Aeroporto de Lisboa. Os autarcas do Norte ribatejano aprovaram, esta semana, por unanimidade, um documento que sustenta que o Polígono Militar de Tancos é, por várias razões, a “opção natural” para sediar as aeronaves de transporte C-130 e C-295, quando saírem do Montijo, e para um conjunto alargado de actividades da Força Aérea, incluindo uma futura participação no combate aos fogos florestais.

A posição, aprovada na reunião do Conselho Intermunicipal do Médio Tejo, sublinha que tudo aponta para que a Força Aérea deixe de operacionalizar a Base Aérea nº. 6 no Montijo e manifesta a disponibilidade dos autarcas da região para um diálogo “franco e aberto” com o Governo e com os ramos das Forças Armadas para “preparar o regresso da Força Aérea” ao Médio Tejo.

Depois, o documento enumera dez razões para que Tancos seja a opção escolhida para a transferência de actividades que venham a sair do Montijo. Desde logo, salienta que no Polígono Militar de Tancos “há uma área sem restrições de voo” e sem aeronaves a operar, favorecendo “as operações de treino de aproximação por instrumentos e das suas tripulações, o que não acontece em outros locais”. Por outro lado, “existem servidões militares constituídas, espaço livre e público no Polígono para poder alargar o Aeródromo Militar e para instalar as diferentes esquadras de transporte da Força Aérea e as suas esquadras de helicópteros”.

Depois, as onze câmaras do Médio Tejo sublinham que as principais cidades da região (Tomar, Ourém, Torres Novas, Entroncamento e Abrantes) estão “a uma distância relativa mínima” e que o Polígono de Tancos é servido pelo nó ferroviário do Entroncamento e por auto-estradas e itinerários principais como a A 13 e a A 23.

Realça-se ainda o facto de os treinos de lançamento de paraquedistas da Brigada de Reacção Rápida do Exército já se realizarem habitualmente em Tancos e sugere que esta seja também uma plataforma principal no combate aos fogos florestais. “É aqui o centro de Portugal, pelo que a futura opção política de dotar a Força Aérea com meios para combate a fogos florestais terá que ter uma sede operacional em local de centralidade territorial”, sugerem as câmaras ribatejanas, sublinhando que já há ali “uma forte identidade das populações com o Exército e com a Força Aérea” e que há, também, disponibilidade das autarquias para apoiarem “a instalação das famílias dos militares que acompanharem a reabertura da base aérea de Tancos”.

O documento agora aprovado, que vai ser enviado ao Governo, aos grupos parlamentares e aos ramos das Forças Armadas, constata, finalmente, que o programa do actual Governo “assume, entre os seus objectivos prioritários, a afirmação do ‘interior’ como um central do  desenvolvimento económico e da coesão territorial, promovendo uma nova abordagem de aproveitamento e valorização dos recursos e das condições próprias do território, pelo que a vinda de aeronaves e pessoas para uma zona de baixa densidade teria efeitos macroeconómicos indutores e potenciadores do nosso desenvolvimento regional”, concluem os eleitos do Médio Tejo.