Mais uma escola que ameaça fechar por falta de funcionários

Dos 34 assistentes operacionais afectos ao agrupamento de Santo André, 12 estão de baixa.

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O Governo autorizou a contratação de mais 300 funcionários, mas muitos ainda não chegaram às escolas Nelson Garrido

Cerca de um terço dos funcionários do Agrupamento de Escolas de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, tem estado ausente com baixa médica, segundo a direção que pondera encerrar um dos estabelecimentos de ensino.

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Cerca de um terço dos funcionários do Agrupamento de Escolas de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, tem estado ausente com baixa médica, segundo a direção que pondera encerrar um dos estabelecimentos de ensino.

"Temos onze funcionários de baixa por doença e um que abandonou as funções, que tem um processo disciplinar a decorrer, mas continua a constar como funcionário. Temos funcionários de baixa há mais de um ano e não há junta médica para avaliar estes casos", disse hoje à agência Lusa a diretora do Agrupamento de Escolas de Santo André, Manuela Teixeira.

Contactado hoje pela agência Lusa, o Ministério da Educação informou, em resposta escrita, estar "a acompanhar de perto esta situação" para "poder resolver os efeitos causados pelas ausências motivadas por baixas médicas".

Ao todo, o agrupamento, que conta com "cerca de 1.500 alunos", gere seis escolas na freguesia de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, sendo quatro delas do primeiro ciclo (três em Vila Nova de Santo André e uma na aldeia do Deixa-o-Resto), uma do segundo ciclo e uma escola secundária.

A ausência de uma parte significativa dos funcionários por motivos de doença tem-se prolongado nos últimos dois anos, tendo no passado mês de dezembro "entrado mais uma pessoa de baixa" e estando previsto, "no dia 30 mais uma baixa de uma funcionária que vai fazer uma cirurgia com três a quatro meses de período de convalescença", explicou Manuela Teixeira.

Na Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, está "um funcionário" sozinho entre as 18:00 e as 24:00, o que, argumentou a responsável do agrupamento, "é manifestamente insuficiente para assegurar tarefas".

"Na unidade de ensino estruturado, que acompanha crianças com necessidades educativas especiais, em "substituição" de duas assistentes operacionais a tempo inteiro estão "duas tarefeiras a meio tempo" (quatro horas por dia cada), "uma de manhã e outra à tarde", que asseguram ainda "o acompanhamento dos meninos na deslocação às piscinas".

A situação tem levado a que os funcionários que estão ao serviço se "desdobrem" e "andem cansados", apontou a mesma responsável, indicando que a média de idade destes trabalhadores "ronda os 58 anos".

Apesar de já ter pedido aos serviços regionais do Ministério da Educação "a afetação de mais pessoas ao agrupamento", Manuela Teixeira disse não ter ainda tido "nenhuma resposta", tendo também já informado que, a "continuar assim", terá que ser "encerrada uma escola".

"É algo que já se comunicou à tutela, que se continuarmos assim ou pior, teremos que encerrar uma escola", reiterou.

O Agrupamento de Escolas de Santo André conta com 34 assistentes operacionais, dos quais doze estão ausentes, e sete pessoas contratadas a "meio-tempo" (quatro horas por dia), distribuídos pelos vários estabelecimentos de ensino.