Imigrantes protestam contra atrasos nas autorizações de residência

As pessoas, que esperam anos por uma autorização de residência, têm a "vida em suspenso", denuncia presidente da Associação Solidariedade Imigrante.

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Não é a primeira vez que os imigrantes protestam contra atrasos na legalização Nuno Ferreira Santos

Cerca de 60 pessoas concentraram-se nesta segunda-feira frente à direcção regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Lisboa, numa acção organizada pela comunidade paquistanesa, contra a demora na atribuição de autorizações de residência.

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Cerca de 60 pessoas concentraram-se nesta segunda-feira frente à direcção regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Lisboa, numa acção organizada pela comunidade paquistanesa, contra a demora na atribuição de autorizações de residência.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Solidariedade Imigrante, Timóteo Macedo, indicou que, na sequência da concentração, um grupo de manifestantes reuniu com a direcção regional de Lisboa do SEF, que lhes apontou os motivos dos atrasos.

"Dizem que há falta de pessoal e que a situação agravou-se com a baixa médica do director nacional, que é responsável por assinar os despachos", disse Timóteo Macedo, para quem "os atrasos e a burocracia já fazem parte do ADN" dos serviços do SEF. Macedo acrescentou que os imigrantes que estão à espera destas autorizações de residência "têm a vida suspensa" e "estão muito descontentes, com muita raiva".

Como consequência, apontou, há muitos imigrantes a "ver os seus postos de trabalho a irem ao ar porque os patrões pressionam e as pessoas não têm nada para mostrar".

Revelou que há igualmente quem não possa viajar até ao seu país de origem, por exemplo, em caso de morte de um familiar, ou, por outro lado, tenha filhos no país de origem que não vê há vários anos. "Não se admite que Portugal demore três, quatro, cinco, seis anos para dar um documento a uma pessoa. Não se admite. Em nenhum outro país acontece esta situação”.