“Nas câmaras, o BE só não negociará com PSD e CDS”
O Bloco espera crescer nas autárquicas, tendo como exemplo a influência do partido na governação.
Catarina Martins diz que “o BE não passa cheques em branco”, mas admite fazer acordos nas câmaras municipais em que chegue a acordos de governação municipal com base em conteúdos programáticos.
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Catarina Martins diz que “o BE não passa cheques em branco”, mas admite fazer acordos nas câmaras municipais em que chegue a acordos de governação municipal com base em conteúdos programáticos.
Quais os objectivos do BE nas autárquicas?
Aumentar a nossa representação no poder autárquico, aumentar o número de eleitas e eleitos.
Quando vão anunciar o candidato a Lisboa? Estamos enganados se admitirmos que ele será Ricardo Robles?
Será anunciado quando a concelhia tiver feito o seu debate e a distrital. O BE, felizmente, está com bastantes propostas que vão ser anunciadas nos próximos tempos.
É um grande disparate admitirmos que será Ricardo Robles?
Os órgãos locais e nacionais do BE tomam decisões e depois eu pronuncio-me sobre elas.
Em Lisboa, o BE apoiará a governação de Fernando Medina, se o PS não tiver maioria absoluta?
O BE não passa cheques em branco. Se a pergunta é: o BE teria disponibilidade para negociar tendo em conta projectos políticos concretos? Teremos. Aliás, a Convenção do BE definiu isso mesmo. O BE, não é novidade nenhuma, tem uma implantação autárquica muito reduzida. Mas, de facto, nós temos feito um trabalho autárquico que, sendo escondido, é bastante competente e tem vindo a crescer. Portanto há programa, há proposta, há solidez. Julgo que a experiência que estamos a viver hoje a nível nacional demonstra às pessoas que o BE é tecnicamente bem preparado e capaz de fazer propostas. E julgo que isso terá repercussão na confiança que as pessoas podem ter em nós nas autárquicas. O que decidimos na Convenção é que o BE, se tiver a força necessária para isso, terá capacidade de negociar a sua participação em executivos, mediante programas políticos concretos sobre questões tão importantes como a participação democrática, o combate à corrupção, o direito à habitação, o direito à cidade, à mobilidade, aos serviços públicos. Portanto, com base nesse programa o BE estará aberto. Fazemos uma excepção: o BE nunca negociará com PSD e CDS, com a direita.