Distritais do PSD rejeitam “agendas pessoais” no partido
Dirigentes sociais-democratas aprovaram documento de "convergência".
Os líderes das distritais do PSD quiseram dar um sinal de união do partido em torno da liderança de Pedro Passos Coelho e aprovaram um documento que aponta nesse sentido. “Esta é a hora das convergências. Não há espaço para agendas pessoais ou paralelas”, lê-se nas conclusões do texto a que o PÚBLICO teve acesso e em que apela ao “empenho de todos” para vencer o desafio autárquico.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os líderes das distritais do PSD quiseram dar um sinal de união do partido em torno da liderança de Pedro Passos Coelho e aprovaram um documento que aponta nesse sentido. “Esta é a hora das convergências. Não há espaço para agendas pessoais ou paralelas”, lê-se nas conclusões do texto a que o PÚBLICO teve acesso e em que apela ao “empenho de todos” para vencer o desafio autárquico.
O documento foi subscrito por todos os líderes das distritais que assinalaram o momento de união num jantar esta quinta-feira, em Lisboa. Só faltaram três presidentes de comissões políticas – Aveiro, Setúbal e Bragança – que também assinaram o texto, segundo um dos promotores da iniciativa. Os sociais-democratas querem pôr água na fervura nas polémicas internas do partido e apontar as próximas eleições autárquicas como o grande objectivo. Um recado que pode ser entendido para quem pretendia antecipar um congresso para este ano.
“Este será o foco da nossa acção em ano de eleições autárquicas: em articulação com a direcção nacional, libertar o país do garrote ideológico a que esta coligação e Governo nos aprisionou, apresentando os melhores candidatos a todos os municípios e freguesias”, de acordo com o documento. Os líderes das distritais do PSD reiteraram ainda o seu compromisso “com os princípios, as directrizes e a estratégia propostos pela comissão política nacional e aprovados no conselho nacional do PSD” sobre as autárquicas. Uma posição que serve para acalmar o nervosismo sentido pelas estruturas locais sobre o timing de apresentação dos candidatos. Lisboa tem sido um exemplo em que os sociais-democratas preferiam já ter um candidato.
As distritais elegeram também o combate ao Governo como uma das linhas de intervenção, criticando “o cinismo político e a demagogia barata do primeiro-ministro” como “a forma encontrada para esconder a falta de crescimento económico”. E apontam os objectivos do partido para este ano: “Ganhar as eleições autárquicas e fazer uma oposição determinada ao Governo, onde o PSD consolide a posição de maior partido português, sendo a alternativa séria, credível e realista em que os portugueses podem confiar”, segundo o texto. Os líderes das distritais prometeram “através de uma agenda local de proximidade” denunciar “o logro que é a agenda ideológica do Governo”.
E ainda sobre as autárquicas, as distritais do PSD deram voz ao que já tinha sido afirmado pelo líder dos autarcas sociais-democratas sobre a antecipação do financiamento a municípios socialistas para obras, considerando que não ficou salvaguardado “o respeito por princípios como a transparência e a imparcialidade”. E termina com um apelo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para assegurar “a isenção do Governo na sua actuação”.