Ministério diz que vinculação extraordinária abrange mais de 3000 professores
Os sindicatos esperam que estes valores sejam revertidos.
O Ministério da Educação disse esta quarta-feira aos sindicatos que a última proposta de vinculação extraordinária abrange "mais de 3000 professores", um número que as estruturas sindicais classificam como um "decréscimo significativo" face a versões anteriores, que apontavam para 4000 docentes.
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O Ministério da Educação disse esta quarta-feira aos sindicatos que a última proposta de vinculação extraordinária abrange "mais de 3000 professores", um número que as estruturas sindicais classificam como um "decréscimo significativo" face a versões anteriores, que apontavam para 4000 docentes.
Em declarações à Lusa, a presidente do Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE), Júlia Azevedo, disse que a redução dos cerca de 3500 a 4000 professores abrangidos pela vinculação extraordinária em propostas anteriores para "mais de 3000", de acordo com o Ministério da Educação (ME), que não deu o número exacto, representam um "decréscimo ainda significativo" que os sindicatos esperam que seja revertido.
Para melhorar a proposta, o SIPE, à semelhança da Federação Nacional de Educação, vai pedir ao ME o agendamento de uma reunião de negociação suplementar, que, de acordo com a presidente do sindicato, deverá acontecer na sexta-feira, tendo em conta que na próxima segunda-feira a tutela necessita ter os diplomas "fechados" para levar à reunião do Conselho de Ministros.
Para Júlia Azevedo é fundamental que o ME deixe cair o critério para vinculação introduzido na última proposta, que obriga a que os professores abrangidos tenham tido um horário completo e anual em 2016-2017. "É demasiado injusto e subverte o princípio da colocação por graduação profissional, que defendemos. Temos esperança que no último momento este critério caia", disse a sindicalista. Os sindicatos tinham solicitado à tutela a apresentação de números sobre o total de professores abrangidos pelos diplomas em negociação: o da vinculação extraordinária e o da revisão do regime de concursos.
O SIPE adiantou que os números pedidos relativos à abertura de vagas de quadro nas escolas e agrupamentos ainda não foram enviados, mas que tal tem que acontecer antes da reunião de negociação suplementar. "Sem esses números não podemos avaliar o alcance da medida", disse Júlia Azevedo, que teme que se a abertura de vagas for em número reduzido a medida se traduza num "mero paliativo" para os quadros das escolas.