Polanski vai presidir aos Césares, que escolhem o melhor do cinema francês
"Insaciável esteta" vai abrir a cerimónia, que homenageará também Jean-Paul Belmondo, a 24 de Fevereiro.
Recém-saído de mais um episódio da sua longa batalha legal, o cineasta Roman Polanski vai ser o presidente do júri dos Césares, os principais prémios do cinema francês. Numa noite em que será homenageado Jean-Paul Belmondo, o "insaciável esteta" que assinou Por favor não me morda no pescoço, A semente do diabo ou O pianista será a figura tutelar da cerimónia de entrega dos prémios, a 24 de Fevereiro em Paris.
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Recém-saído de mais um episódio da sua longa batalha legal, o cineasta Roman Polanski vai ser o presidente do júri dos Césares, os principais prémios do cinema francês. Numa noite em que será homenageado Jean-Paul Belmondo, o "insaciável esteta" que assinou Por favor não me morda no pescoço, A semente do diabo ou O pianista será a figura tutelar da cerimónia de entrega dos prémios, a 24 de Fevereiro em Paris.
Dois dias antes dos Óscares, Polanski sucederá assim ao presidente de 2016, Claude Lellouch, e foi escolhido, como disse o presidente da Academia de Cinema Francesa Alain Terzian, por ser "artista, cineasta, produtor, argumentista, actor e realizador – há muitas palavras para definir Roman Polanski, mas uma só para expressar a nossa admiração e encanto", disse Terzian sobre o homem que classificou como um esteta e a quem agradeceu por ter acedido ao convite.
O seu papel, como detalha a Hollywood Reporter, será o de abrir a 42.ª cerimónia dos prémios com um discurso. Aos 83 anos, Polanski, que tem residência em França e é casado com a actriz francesa Emmanuelle Seigner, está a trabalhar no filme Based on a True Story, que assina com Olivier Assayas. Já conta com quatro Césares de realização por O Pianista, O Escritor Fantasma, Tess e Vénus de vison, entre outros prémios.
Franco-polaco, ouviu no início de Dezembro nova sentença sobre os seus pedidos de extradição para os EUA motivados pelo caso de abuso sexual de menores pelo qual foi condenado na década de 1970. O Supremo Tribunal da Polónia recusou "definitivamente", segundo a agência AFP, esse pedido, permitindo ao realizador regressar ao país – que, ao contrário de França, tem acordo de extradição com os EUA, onde é um homem procurado desde 1978.