Estratégia assente em baixos salários compromete competitividade, avisa Costa

Primeiro-ministro defende a necessidade de "atrair, fixar e manter o capital humano".

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António Costa no seminário da 21.ª edição do programa INOV Contacto LUSA/MÁRIO CRUZ

O primeiro-ministro, António Costa, rejeitou nesta terça-feira a ilusão de que Portugal consiga ser competitivo com uma estratégia assente em baixos salários, defendendo a necessidade de "atrair, fixar e manter o capital humano" no país.

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O primeiro-ministro, António Costa, rejeitou nesta terça-feira a ilusão de que Portugal consiga ser competitivo com uma estratégia assente em baixos salários, defendendo a necessidade de "atrair, fixar e manter o capital humano" no país.

Na sessão de abertura do seminário de acolhimento sobre práticas internacionais no âmbito da 21.ª edição do programa INOV Contacto, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, António Costa enalteceu o aumento consecutivo das exportações portuguesas nos últimos 20 anos, defendendo que para que este movimento prossiga as empresas têm que manter a "trajectória de melhoria das condições de competitividade".

"No mundo de hoje, num país europeu, esse factor de competitividade assenta, essencialmente, nos factores associados à inovação. Não vale a pena termos a ilusão que numa estratégia assente em baixos salários nós conseguiremos ser competitivos", considerou.

De acordo com o primeiro-ministro, se Portugal quer ser competitivo tem de ser capaz de "atrair, fixar, manter o capital humano", destacando o trabalho que as universidades fazem, designadamente nos programas Erasmus.