Renault sob investigação por suspeita de manipulação de emissões
A investigação judicial foi aberta após relatório entregue pelo Governo francês.
A Renault está a ser investigada pela justiça em França por alegada manipulação de dados das emissões de gases poluentes em motores diesel, informa uma fonte da procuradoria francesa, citada pela Reuters. A fabricante de automóveis, em comunicado, já disse que "respeita todas as leis" relativas às emissões.
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A Renault está a ser investigada pela justiça em França por alegada manipulação de dados das emissões de gases poluentes em motores diesel, informa uma fonte da procuradoria francesa, citada pela Reuters. A fabricante de automóveis, em comunicado, já disse que "respeita todas as leis" relativas às emissões.
As acções da Renault caíram a pique, desde que foi divulgada, esta sexta-feira, a informação sobre as suspeitas de manipulação da fabricante francesa. As acções da Renault estavam a cair 2,9% por volta das 10h30 e meia-hora antes tinham sofrido a pior perda no período de um mês (4%.)
O Governo francês entregou há dois meses às autoridades judiciais um relatório de investigação realizado pela Direcção-Geral da Concorrência, Consumo e Repressão da Fraude (DGCCRF sigla em francês), que posteriormente levou a esta investigação. O porta-voz da fabricante de automóveis já respondeu dizendo que tomou conhecimento da investigação, mas que ainda não recebeu qualquer documentação oficial. Acrescentou ainda, em comunicado citado pela Reuters, que a Renault “respeita todas as leis relativas às emissões de gases” e que “os veículos da marca não têm um software fraudulento”.
A investigação judicial à Renault é conhecida um depois de a Fiat Chrysler ter sido acusada pela Agência de Protecção Ambiental dos EUA de usar um software que manipulava os testes de emissões de gases poluentes. A empresa já negou todas as acusações.
Esta polémica já não é nova. A Volkswagen esteve envolvida num escândalo de manipulação de dados sobre emissões, que rebentou em 2015, conhecido como o "dieselgate". O grupo alemão já se declarou culpado e chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA sobre o valor da multa, que ficou nos 4300 milhões de dólares (cerca de 4000 milhões de euros).