Xutos & Pontapés dedicam canção a Alepo em dia de aniversário
Criada a partir dos tweets de Bana Alabeb, a criança de sete anos que relatou no Twitter a sua vida durante o conflito, Aleppo é divulgado no 38.º aniversário da banda e pode antecipar um novo álbum. Duro é o título provisório.
No dia em que completam 38 anos, precisamente numa sexta-feira 13, curiosidade que certamente deixará os autores de Vida malvada com um sorriso no rosto, os Xutos & Pontapés disponibilizam uma nova canção. Aquilo que a motivou não será causa para celebrações ou sorrisos. Intitula-se Aleppo e é dedicada à população da martirizada cidade síria.
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No dia em que completam 38 anos, precisamente numa sexta-feira 13, curiosidade que certamente deixará os autores de Vida malvada com um sorriso no rosto, os Xutos & Pontapés disponibilizam uma nova canção. Aquilo que a motivou não será causa para celebrações ou sorrisos. Intitula-se Aleppo e é dedicada à população da martirizada cidade síria.
A letra foi inspirada nos tweets com que Bana Alabeb, uma criança de sete anos, foi descrevendo a sua vida durante o conflito que reduziu a cidade a escombros. Eis o que canta Tim nos primeiros versos da canção: “Não tenho casa / ferida e com medo / não durmo há tempo / tenho sempre sede, tenho sempre fome / sem abrigo / cada minuto parece a morte / e eu quero viver”.
A canção parece ser uma antecipação de um novo álbum de originais, sucessor de Puro, editado em 2014 – o ano passado foi editado o álbum vivo acústico Se Me Amas. Em comunicado citado pela Rádio Comercial, Tim revela que o álbum em preparação tem título de trabalho, Duro, que pode vir a tornar-se definitivo. Os Xutos & Pontapés, afirma o seu baixista e vocalista, trabalham em canções novas desde Março do ano passado, prosseguindo, quanto ao ambiente sonoro, aquilo que ouvimos em Puro, propício a “aprofundar a criatividade de cada um sem ter que inventar a roda”.
Sobre a nova canção, explica Tim que “a letra foi composta com as frases do Twitter que a Bana foi lá pondo e surge encastrada num tema que andávamos a desenvolver, com um refrão que me invadiu os ouvidos como um grito”.