Marcelo falou hoje ao telefone com Donald Trump sobre Lajes e relações bilaterais
Presidente da República português quis felicitar o futuro líder dos Estados Unidos e vincar as boas relações históricas entre os dois países.
O Presidente da República falou esta quinta-feira ao telefone com o Presidente eleito dos Estados Unidos. Marcelo Rebelo de Sousa saudou pessoalmente Donald Trump pela eleição a oito dias da sua tomada de posse.
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O Presidente da República falou esta quinta-feira ao telefone com o Presidente eleito dos Estados Unidos. Marcelo Rebelo de Sousa saudou pessoalmente Donald Trump pela eleição a oito dias da sua tomada de posse.
Nessa conversa, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a longa e antiga amizade entre os dois países de lados opostos do Atlântico e manifestou-se convicto de que esses laços antigos dão garantias da continuação das relações entre Portugal e os Estados Unidos no futuro.
A conversa entre os dois durou 12 minutos e, apurou o PÚBLICO, tinha sido previamente combinada pelas diplomacias dos dois países. Para o caso muito terá contribuído o enorme gosto por Portugal do ainda embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, Robert Sherman.
O PÚBLICO sabe que os dois Presidentes falaram também da Base das Lajes, onde o Governo dos Estados Unidos tem desinvestido nos últimos anos de acordo com as directrizes da administração Obama para as Forças Armadas norte-americanas.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou também que Portugal foi dos primeiros países a reconhecer a independência dos Estados Unidos da América e enalteceu que este tipo de relações históricas são uma garantia para uma útil cooperação bilateral, assim como no âmbito das relações com a União Europeia.
A declaração de independência dos Estados Unidos foi ratificada no Congresso a 4 de Julho de 1776, e a 15 de Fevereiro de 1783 D. Maria I reconheceu, por Portugal, essa declaração ao mesmo tempo que a França e a Holanda - os três primeiros países a considerá-la legitíma.
Depois da diminuição contínua de pessoal e equipamento norte-americanos na Base das Lajes, na ilha açoriana da Terceira, que deixou aquele espaço com um reduzido número de militares para as operações mínimas – menos de duas centenas desde o Verão passado -, chegou a colocar-se a hipótese de ser reaproveitada pelos Estados Unidos para a instalação de um centro de informações.
Mas também nisso as Lajes rivalizavam ou outra localização, no caso a base aérea da Croughton, em Inglaterra, que acabou por ganhar a preferência do Departamento de Defesa dos EUA. Em Março, um relatório daquele departamento considerava que “com base em requisitos operacionais” a localização ideal para instalar o Complexo de Análise de Informação Conjunta não era a base das Lajes e afirmava que Croughton era “a “localização óptima”.