Theresa May fala sobre o "Brexit" na próxima terça-feira

Pouco foi dito ainda sobre a estratégia britânica em relação ao "Brexit". Discurso marcado para a próxima terça-feira vai abordará a posição britânica em relação à saída do Reino Unido da União Europeia.

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A intervenção de Theresa May está a ser aguardada com expectativa Reuters/TOBY MELVILLE

Na próxima terça-feira a primeira-ministra britânica vai realizar uma intervenção para desenvolver os seus planos sobre a saída do Reino Unido do seio da União Europeia, informou uma porta-voz citada pela Reuters.

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Na próxima terça-feira a primeira-ministra britânica vai realizar uma intervenção para desenvolver os seus planos sobre a saída do Reino Unido do seio da União Europeia, informou uma porta-voz citada pela Reuters.

“Ela vai fazer um discurso na terça-feira desenvolvendo mais a nossa abordagem ao ‘Brexit’ como parte da preparação das negociações”, afirmou aos jornalistas, acrescentando que no discurso vai ser apresentada a maneira como a primeira-ministra quer construir um “Reino Unido global” depois da saída da União Europeia.

Pouco foi dito até à data em relação à estratégia britânica em relação ao “Brexit”, pelo que a intervenção de terça-feira está a ser aguardada com expectativa. Em Dezembro, num dos sinais mais fortes sobre o assunto, a primeira-ministra garantiu estar a trabalhar para que a saída do Reino Unido da União Europeia não coloque as empresas perante a ameaça de um “precipício”, e pretende negociar um acordo transitório com Bruxelas, para vigorar no período imediatamente a seguir ao “Brexit”.

O artigo 50º do Tratado de Lisboa, que May se comprometeu a accionar até ao final de Março, prevê que a saída ocorra no prazo máximo de dois anos, a menos que os restantes Estados-membros aceitem por unanimidade prolongar o prazo. E se Londres insiste que vai discutir em simultâneo os procedimentos para a separação e o futuro das relações com Bruxelas, as instituições europeias afirmam que são dois processos separados e que só depois do divórcio consumado será possível negociar o futuro das relações comerciais entre os dois blocos, uma tarefa que, avisam, irá demorar vários anos.