Trump critica serviços secretos: "Estamos a viver na Alemanha nazi?"
Presidente eleito dos EUA diz que não tem nada a ver com a Rússia. Trump deverá falar ainda nesta quarta-feira à tarde em conferência de imprensa.
Donald Trump não pára no Twitter e usou a rede social para criticar os serviços secretos norte-americanos pela divulgação de um relatório que levanta a possibilidade de a Rússia ter dados comprometedores sobre o Presidente eleito dos EUA.
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Donald Trump não pára no Twitter e usou a rede social para criticar os serviços secretos norte-americanos pela divulgação de um relatório que levanta a possibilidade de a Rússia ter dados comprometedores sobre o Presidente eleito dos EUA.
“Os serviços secretos nunca deveriam ter permitido que esta notícia falsa ‘escapasse’ para o público”, escreveu Donald Trump no Twitter, deixando uma pergunta: “Estamos a viver na Alemanha nazi?”
“Ganhei as eleições facilmente, um grande movimento verificado, e os meus adversários tentam minimizar a vitória com notícias falsas. Um estado lamentável”, escreveu ainda Trump, que negou qualquer relação especial com a Rússia: “A Rússia nunca me tentou influenciar. Não tenho nada a ver com a Rússia. Nem acordos, nem empréstimos, nada.”
Antes, Donald Trump já tinha qualificado as notícias de que Rússia terá dados comprometedores sobre ele como "um disparate", uma "fabricação total e completa" e uma "caça às bruxas política".
Para esta quarta-feira à tarde (16h, hora de Lisboa), está agendada uma conferência de imprensa de Donald Trump, embora não haja absoluta certeza de que ela se vá mesmo realizar.
A polémica estalou na terça-feira à noite quando a CNN noticiou que Trump e o Presidente Barack Obama foram informados pelos serviços secretos da existência de um relatório, com informações (não confirmadas) de que a Rússia teria dados delicados sobre o Presidente eleito dos EUA. Depois desta primeira notícia, o Buzzfeed publicou o relatório na íntegra, gerando uma enorme discussão nos EUA.
Esse relatório, que segundo o Guardian foi entregue pelo senador republicano John McCain ao director do FBI, terá sido elaborado por um antigo espião britânico que cooperava com as agências norte-americanas. Os serviços secretos dos EUA decidiram incluir estas informações num anexo ao relatório sobre a ingerência russa nas eleições americanas para alertar Trump quanto aos riscos de uma possível divulgação desses dados por parte da Rússia.