Carga ferroviária caiu 10% no terceiro trimestre de 2016

Estatisticas relativas ao terceiro trimestre evidencia crescimento apenas no sector portuário.

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O porto de Sines movimentou um total de 13 milhões de toneladas no terceiro trimestre Daniel Rocha

O volume de mercadorias movimentadas nos portos nacionais continua a manifestar subidas expressivas, alavancadas pelo contínuo crescimento do porto de Sines, que já concentra quase 60% do tráfego internacional das mercadorias que são movimentadas pela via marítima.

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O volume de mercadorias movimentadas nos portos nacionais continua a manifestar subidas expressivas, alavancadas pelo contínuo crescimento do porto de Sines, que já concentra quase 60% do tráfego internacional das mercadorias que são movimentadas pela via marítima.

A tonelagem de mercadorias movimentadas aumentou 9,7% no terceiro trimestre de 2016, atingindo as 24 milhões de toneladas no trimestre, segundo as estatísticas publicadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A mesma publicação demonstra que, em sentido inverso, a ferrovia continua a perder peso, tanto em toneladas movimentadas (caiu 10,1% no trimestre comparativamente a 2015) como em toneladas-quilómetro (caiu 8,3%). Se forma de transporte já era a que menos peso tinha no transporte de mercadorias, essa influência continua a esbater-se ainda mais. No segundo trimestre foram transportadas 2730 toneladas e no terceiro trimestre esse volume desceu para 2491 toneladas.  

De acordo com o INE, o movimento de mercadorias nos portos nacionais começou a recuperar depois de um segundo trimestre em que caiu 1%. Recorde-se que esses foram os meses da greve dos estivadores no porto de Lisboa, que olhando para as estatísticas relativas ao trimestre que se seguiu ao fim da greve, continua a ser o porto que tem cores vermelhas mais carregadas: depois de ter caído 25,9% no segundo trimestre de 2016, em termos homólogos, no terceiro trimestre aliviou as perdas, mas continuou em terreno negativo (-7,2%).

Uma outra tendência que continua bem marcada nas estatísticas divulgadas pelo INE é a perda de influência do sector rodoviário no transporte de mercadorias, apesar de ser o modo dominante: no terceiro trimestre de 2016 foram transportadas 36,3 milhões de toneladas, o que encerra uma quebra homóloga de 7,3% e que compara com uma queda de 1,4% registada no trimestre anterior. O tráfego nacional de mercadorias é o que tem mais peso (foram transportada 30 milhões de toneladas) e é, também, o que mais caiu ( 8,9%).